24.12.2016 | 00h00
O Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo. O Natal é uma oportunidade para o nosso renascimento. O Natal é tempo de encontro, de perdão, de reflexão.
Relendo as passagens dos Evangelhos de Lucas e Mateus relativas aos fatos extraordinários que cercaram o nascimento de Jesus, surgiram-me indagações.
Desde o Natal passado, aprendemos ou praticamos os ensinamentos de Jesus? Aproximamo-nos ou distanciamo-nos do caminho por Ele traçado? A porta estreita que conduz à vida se tornou mais fácil ou difícil de ser transposta?
Se Jesus fosse renascer hoje, qual lugar e circunstâncias escolheria?
Não creio que o novo Advento seria num desses luxuosos shopping-centers que nos exaurem com propagandas de todo tipo. Também não seria num desses gigantescos templos, ditos cristãos, repletos de pompas e faustos. Com certeza, não seria em recintos exclusivos, reservados aos poderosos desse mundo, em Manhattan, Mônaco ou Dubai.
Ouso imaginar que Aquele que outrora nasceu em modesta manjedoura nas cercanias de Belém, hoje talvez renascesse uns 650 km ao norte, entre as ruínas de Aleppo, milenar cidade síria. Lá, entre crianças feridas por bombardeios aéreos, hospitais arrasados, monumentos destruídos e famílias dilaceradas, talvez fosse um local propício para relembrar à humanidade Sua mensagem de amor e de paz. Afinal, é Dele a máxima de que não são os que gozam de saúde que têm necessidade de médicos, mas os doentes.
Há 2016 anos, Jesus nasceu para trazer à humanidade imorredouras lições, das quais se destaca a de que todos somos irmãos e devemos amar ao próximo. Jesus não dispôs de exércitos ou escravos, poder político ou econômico, mas apenas de palavras e exemplos, cuja força ilumina o mundo desde então.
Muitos desses ensinamentos até hoje não foram bem compreendidas; e muitos foram distorcidos e manipulados por conveniências mundanas. Mesmo os que são corretamente divulgados, nem sempre são praticados. O inferno criado pelos humanos em Aleppo demonstra a distância que ainda nos separa do mundo fraterno preconizado por Jesus.
Logo após o nascimento, o anjo do Senhor aconselhou José a fugir com sua família para o Egito, a fim de se proteger da perseguição e do massacre ordenados por Herodes. Na sua primeira infância, Jesus foi um migrante e um refugiado. Como andam nossos sentimentos em relação aos milhões de migrantes e refugiados das guerras em curso, especialmente a da Síria?
Nenhum verdadeiro cristão pode ser indiferente ao drama que hoje ocorre em Aleppo. Neste Natal, que nossa compaixão, solidariedade e preces possam chegar aos recém-nascidos e a todos de Aleppo e onde mais houver necessidade de amor e de paz.
Em Mateus, 18, 20, Jesus nos diz que onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em Seu nome, Ele com elas estará. Assim, Jesus estará conosco em nossa ceia de Natal. Mas é preciso que também estejamos com Ele ao longo de cada dia. Que o Seu renascimento entre os escombros de Aleppo inspire o renascimento de todos para um mundo de paz!
Luiz Henrique Lima é Conselheiro Substituto do TCE-MT
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