15.11.2016 | 00h00
Mais importante do que preservar e conservar os recursos do planeta ou adotar alternativas para compensar perdas causadas, é mudar o modo de pensar quanto a utilização desses recursos. O comportamento do consumidor é uma variável que transita entre a necessidade e o desejo, entre o que é necessário e o que está disponível. E dentre o que está disponível há muito de supérfluo e desnecessário, a exemplo dos modismos e das compras por impulso. Você pensa bem antes de comprar? Importa-se mesmo com procedência tanto quanto com qualidade e validade do que consome?
Especialistas observam que os consumidores brasileiros estão mais exigentes e tem feito com que os produtores adotem melhores práticas no campo, por exemplo, com a finalidade de tornar a cadeia de produção de alimentos mais sustentável. O comprador começa a questionar mais e essa é uma atitude saudável. Quando os produtos disponibilizados à base exploratória dos recursos naturais forem refugados pelo consumidor, toda a cadeia produtiva será mudada, condição para permanecer no mercado. Investir em novas fontes de fabricação, na certificação, na rastreabilidade produtiva é um bom negócio na cadeia da produção até a prestação de serviços. Essa já é uma nova realidade, mas ainda há muito que mudar até que se estabeleça uma cultura, que não seja apenas pelo valor mercantil.
É na hora da compra que quem consome precisa ficar mais atento. Pois esse é um momento de filtragem das opções que precisam continuar dispostas nas gôndolas ou nos estoques. Tem muita gente que não percebe o quanto polui o meio ambiente pelas escolhas que faz, através do próprio consumo diário. Desde o uso da energia, o uso incorreto da água, a preferência pelo que põe à mesa, pelo que veste, assim como o meio de transporte que utiliza, o ar condicionado ou aparelhos eletrônicos que adquirem. O que mais polui, na verdade, são os velhos hábitos e a maneira por vezes exagerada de usar tudo sempre como as gerações antecessoras faziam.
É certo que melhor do que despoluir é não poluir. O que é válido na hora de se portar como um consumidor ecologicamente correto, embora ainda não seja fácil, é analisar e optar pelo que causa menos impacto. Há uma série de componentes importantes que não estão embutidos no custo direto do produto que somente com a inserção de novos hábitos podem ser ressaltados. A meta global de sustentabilidade das empresas, dos fabricantes e prestadores de serviços, pode ser controlada pela escolha consciente de quem consome. Toda a emissão de gases poluentes na atmosfera, que está engrossando assustadoramente a camada do efeito estufa, tem como finalidade o consumo, por vezes exagerado, sem consciência. Mudar isso é parte da solução.
Mesmo diante de grandes demandas, tudo começa pela escolha individual. O processo da compra é um ato político e o cidadão tem nas mãos o poder de decidir. É um momento de escolha que pode se tornar numa opção sustentável que afeta a atual e as futuras gerações. Qualidade de vida começa mesmo é na atitude. Saiba que é saudável questionar e reavaliar tudo antes da compra. Acredito piamente no impacto das pequenas ações, quando aderidas pela maioria. Afinal, consciência para se tornar qualidade de vida têm um preço.
Jair Donato é jornalista em Cuiabá, escritor, consultor de desenvolvimento de pessoas, professor universitário, especialista em Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida. E-mail: jair@domnato.com.br
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.