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17.04.2025 | 10h14

Adenomiose; condição comum que ainda é pouco falada entre as mulheres

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Laerte Basso

Divulgação

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Abril é marcado pela campanha Abril Roxo, que chama a atenção para uma condição que afeta a saúde e a qualidade de vida de milhares de mulheres: a adenomiose. Apesar de ser bastante comum, ainda é pouco conhecida e muitas vezes confundida com outras doenças ginecológicas, como a endometriose.

 

A adenomiose ocorre quando o tecido que reveste o interior do útero — o endométrio — passa a crescer na parede muscular do próprio útero. Esse comportamento anormal pode provocar um aumento no volume uterino, gerar dor e causar alterações no ciclo menstrual. E o mais preocupante: em muitos casos, o diagnóstico pode levar anos a ser feito.

 

Sinais que merecem atenção

A adenomiose pode ser silenciosa em algumas mulheres, mas em muitas outras os sintomas são intensos e progressivos. As queixas mais comuns incluem cólicas menstruais fortes, menstruação abundante e prolongada, sangramentos entre os ciclos e dor durante as relações sexuais. Também é comum o inchaço abdominal e, em alguns casos, dificuldades para engravidar.

Como os sintomas são semelhantes aos de outras doenças ginecológicas, é comum que as pacientes passem por diferentes tratamentos antes de chegarem ao diagnóstico correto.

 

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da adenomiose exige atenção e experiência por parte do médico. A avaliação clínica, acompanhada de exames de imagem como a ecografia transvaginal com preparo e a ressonância magnética, pode levantar fortes indícios da doença. Mesmo assim, em alguns casos, a confirmação só vem após exames mais invasivos ou cirurgias.

 

Por isso, é essencial que as mulheres procurem um ginecologista ao notar alterações no ciclo menstrual ou dores que vão além do normal. Quanto mais cedo for identificada a adenomiose, mais eficaz será o tratamento.

 

Tratamento e qualidade de vida

Felizmente, há diferentes formas de tratamento para a adenomiose, que variam de acordo com a intensidade dos sintomas, a idade da mulher e se ela deseja engravidar no futuro. Em muitos casos, é possível controlar a doença com medicamentos hormonais, como anticoncepcionais ou dispositivos intrauterinos (DIU) hormonais. Em situações mais complexas, pode ser necessária a realização de cirurgia, como a histerectomia, sobretudo quando a mulher já não pretende ter filhos.

 

O mais importante é reforçar que a adenomiose tem tratamento, e que viver com dor não deve ser considerado “normal”.

 

Conscientizar é cuidar

Falar sobre a adenomiose é quebrar o silêncio em torno de uma realidade que afeta a saúde física e emocional de muitas mulheres. Neste Abril Roxo, reforçamos a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico adequado. A informação continua a ser a melhor aliada na luta pela saúde feminina.

 

Se sentir que algo não está bem com o seu ciclo menstrual ou notar sintomas persistentes, procure um ginecologista de confiança. O cuidado começa pela escuta e pelo acolhimento.

 

Laerte Basso é ginecologista e obstetra, membro da Sociedade Brasileira de Endometriose e da Sociedade Europeia de Endometriose e Doenças do Útero, e integra a equipe multidisciplinar do Instituto Eladium, em Cuiabá (MT)

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