01.09.2025 | 10h15
 
            
             
             
             
             
        Reprodução
 
                        
        
            Nos últimos anos, a harmonização facial se tornou um dos procedimentos estéticos mais procurados no Brasil. Ao mesmo tempo, cresceu também o uso indiscriminado de anabolizantes com fins estéticos, principalmente entre aqueles que buscam acelerar o ganho de massa muscular ou reduzir gordura corporal. Apesar de parecerem universos distintos, essas duas práticas estão diretamente relacionadas — e, quando associadas, podem gerar sérios riscos à saúde e resultados desastrosos na estética facial.
Os anabolizantes são substâncias sintéticas derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino. Eles possuem, sim, indicações médicas legítimas, como em casos de perda severa de massa muscular, muitos também recorrem a essas substâncias com o objetivo de acelerar o ganho de músculos(hipertrofia), reduzir a gordura e alcançar padrões estéticos idealizados.
No entanto, o uso fora das recomendações médicas se tornou frequente, movido pela busca de um padrão físico idealizado. O problema é que o consumo inadequado dessas substâncias pode alterar de forma significativa a fisiologia do corpo e da face.
Entre os efeitos colaterais mais comuns estão o aumento da oleosidade da pele e o surgimento de acne severa devido o aumento de secreção das glândulas sebáceas, alopecia androgenética ( perda dos cabelos) hipertricose( crescimento excessivo de pelos pelo corpo e rosto) retenção de líquidos, que pode distorcer o resultado da harmonização facial, além do crescimento anormal da musculatura facial alterando as proporções.
Essas alterações comprometem diretamente os resultados da harmonização, já que modificam a absorção e a distribuição de preenchedores, aumentam os riscos de inflamações, edemas e podem dificultar até mesmo procedimentos corretivos.
Para os profissionais de saúde estética, a falta de transparência é um grande desafio. Muitos pacientes omitem o uso de anabolizantes ou hormônios por receio de julgamento, sem perceber que essa informação é essencial para a segurança e o planejamento do tratamento. O metabolismo, o volume muscular e a resposta inflamatória do organismo estão diretamente ligados à ação dessas substâncias e, consequentemente, ao sucesso ou fracasso dos procedimentos.
Por isso, a orientação é clara: todo paciente deve comunicar ao seu harmonizador facial o uso de anabolizantes, hormônios ou suplementos hormonais antes de qualquer intervenção estética. Essa honestidade protege não apenas a saúde, mas também os resultados esperados.
No equilíbrio entre saúde, vaidade e estética, é preciso colocar o bem-estar em primeiro lugar. A busca pela beleza nunca deve ultrapassar os limites da segurança. Quando o paciente entende esse princípio e age com responsabilidade, a estética deixa de ser apenas vaidade e passa a ser sinônimo de cuidado e valorização da própria saúde.
Nayara Cerutti é professora, palestrante e especialista em harmonização facial
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