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14.06.2023 | 11h30

Baixa cobertura e descrédito na eficácia trazem alerta no Dia Nacional da Imunização

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Altino José de Souza

Divulgação

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Criado com objetivo de informar às pessoas sobre a importância da prevenção de doenças, o Dia Nacional da Imunização, comemorado no dia 09 de junho, atualmente tem pouco a comemorar, e muito a trabalhar para que a população volte a confiar nas vacinas. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), desde 2016, a taxa de vacinação tem caído seguidamente, levando o país a ser considerado de alto risco para o retorno de algumas doenças, como a poliomielite.


Com um programa considerado um dos mais completos do mundo, o Programa Nacional de Imunizações do Brasil conta com mais de 40 diferentes imunobiológicos para a população, fato que contribuiu para o país ser reconhecido por suas altas coberturas vacinais e por ser referência em vacinação ao longo de décadas, que possibilitou a diminuir a probabilidade de contrair enfermidades como a caxumba, o sarampo, o tétano, a gripe, entre outras.


Ainda de acordo com a SBIm, uma série de problemas e falhas contribuíram para que o problema aumentasse e chegasse a este estado crítico. Nos últimos anos, o crescimento do discurso contra a eficácia das vacinas, causou receio e pânico na população, atrelado a isso, ausência de campanhas de comunicação adequadas, falta de orientação dos profissionais da saúde aos pacientes e principalmente a perda de percepção do risco das doenças, como ocorreu mais recentemente com a Covid-19, que vitimou mais de 700 mil pessoas no país.


Vale ressaltar que historicamente sempre houve desinformação e boatos contra as vacinas, porém, a difamação sobre sua eficácia nunca foi tão debatida como nos últimos anos. É claro que há por trás disso muito mais que desinformação, a origem desses boatos está ligada a grupos com interesses ideológicos, econômicos e até políticos.


O efeito desse desserviço a população é esse; em abril deste ano a Unicef divulgou relatório em que aponta que o Brasil tem a segunda pior taxa de vacinação em bebês na América Latina, em situação pior apenas a Venezuela. A taxa de vacinação contra a pólio, por exemplo, caiu de 84,2% em 2019 para 67,6% em 2021, quando o ideal seria ao menos 95%.


O país ocupa ainda a 12ª posição entre os 20 países com a maior taxa de crianças que não receberam nenhuma dose de vacinas em 2021: aproximadamente 26% das crianças brasileiras não haviam tomado nenhuma dose de vacina neste ano. Índice pior que o de países mais pobres, como a República Democrática do Congo, Tanzânia e Índia.


Tais dados mostram que a situação é preocupante, e mostra que a desinformação pode levar um país referência na questão de imunização a um país entre os piores do mundo, e que cause alerta em organizações de saúde mundo afora.

 

Altino José de Souza é presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat).

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