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30.09.2025 | 15h01

IA no serviço público: o investimento que pode mudar a relação do cidadão com o Estado

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Ricardo Recchi

Divulgação

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O Brasil se prepara para dar um salto significativo na adoção de Inteligência Artificial (IA) com o impulso do governo. Após o anúncio de investimentos na casa dos R$ 23 bilhões até 2028 para iniciativas que vão desde infraestrutura e capacitação até o desenvolvimento de aplicações em áreas críticas como saúde, educação, serviços públicos e inovação empresarial, o tema avança com a criação do grupo de trabalho que vai gerir o plano. O montante, que é superior ao destinado por países como França, Itália e Reino Unido, coloca o país em posição de destaque no cenário internacional.

A aplicação de IA no setor público pode transformar a forma como o Estado entrega serviços à população, trazendo ganhos de eficiência, acessibilidade e qualidade. Nesse contexto, assistentes e agentes inteligentes assumem papéis complementares. Os assistentes de IA podem ser voltados ao apoio direto ao cidadão ou ao profissional, como no caso da saúde para registro de anotações médicas, apoio a diagnósticos com base em exames e imagens, sugestão de tratamentos e atendimento via chatbots, que ficam disponíveis 24 horas por dia.

Na educação, esses assistente podem funcionar como tutores personalizados, capazes de adaptar conteúdos de acordo com o perfil do estudante, oferecer simulações virtuais de laboratórios e apoiar no aprendizado de idiomas e matérias escolares. No setor de finanças, é possível fornecer informações ao cidadão em tempo real, e no âmbito jurídico, oferecer suporte inicial por meio de chatbots e revisão de documentos legais.

Já os agentes de IA têm um papel mais estratégico e autônomo, sendo capazes de analisar grandes volumes de dados e executar ações de forma proativa. As ferramentas podem, por exemplo, detectar fraudes em tempo real em sistemas financeiros, como no monitoramento de pagamentos de benefícios sociais e aposentadorias; otimizar o uso de recursos em cadeias logísticas, garantindo maior eficiência na distribuição de vacinas, merenda escolar e medicamentos.

Também é possível realizar análises preditivas de riscos para prever enchentes, deslizamentos e outros desastres naturais, auxiliando a defesa civil; coordenar processos complexos em serviços regulatórios, como a análise de pedidos de licenciamento ambiental; e até automatizar o controle de qualidade em fábricas e na infraestrutura pública, com inspeção inteligente de obras, rodovias e sistemas de transporte.

Diferente dos assistentes, que respondem a demandas específicas, os agentes atuam de maneira mais independente, tomando decisões dentro de parâmetros pré-definidos e acelerando processos que exigiriam muito tempo e esforço humano.

Construir soluções inteligentes pode parecer um projeto demorado, mas existem maneiras de fazer com que os assistentes e agentes avancem. É essencial contar com plataformas robustas de IA que combinem diferentes tecnologias, como IA Generativa, Processamento de Linguagem Natural (PLN) e Machine Learning. Essas soluções oferecem estruturas completas de serviços, frameworks e componentes de IA corporativa, permitindo que governos e instituições implementem assistentes e agentes inteligentes de forma ágil e eficiente. Além de acelerar a entrega de soluções, garantem segurança, privacidade e governança de dados, reduzindo riscos e aumentando a confiabilidade das aplicações.

O desafio do Brasil não está apenas em investir, mas em transformar esse investimento em resultados concretos para a população. A combinação de políticas públicas estruturadas com o uso de plataformas tecnológicas robustas pode acelerar a adoção de assistentes e agentes de IA de forma escalável e sustentável. Se bem implementada, a estratégia colocará o país na vanguarda global, modernizando serviços públicos, fortalecendo a transparência e aumentando a eficiência do Estado.

 

Mais do que acompanhar uma tendência, trata-se de usar a Inteligência Artificial como um catalisador de desenvolvimento social, econômico e institucional, garantindo que cada real investido gere valor para os cidadãos.


Ricardo Recchi é regional manager Brasil-Portugal da GeneXus, empresa especializada em plataformas Enterprise Low-Code que simplificam o desenvolvimento e a evolução de softwares por meio da Inteligência Artificial.

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