Publicidade

Cuiabá, Quarta-feira 10/12/2025

Colunas e artigos - A | + A

09.12.2025 | 14h05

Laço Branco; homens pela não violência contra as mulheres

Facebook Print google plus

Gisela Cardoso

Divulgação

Divulgação

A campanha do Laço Branco foi lançada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2001 e remonta a uma iniciativa criada no Canadá, em 1991, quando um grupo de homens se mobilizou no compromisso de enfrentar a violência contra as mulheres. Isso porque, naquele país, um homem assassinou 14 mulheres em uma escola politécnica, episódio que ficou conhecido como o Massacre de Montreal (1989).

 

A morte e a violência contra mulheres ainda são uma realidade cruel e em crescimento em Mato Grosso, que neste ano já registrou 51 feminicídios, superando, já em novembro, a quantidade de mulheres mortas no Estado em 2024, quando foram registrados 47 casos.

 

Estamos diante de um cenário estarrecedor, que só pode ser modificado com a participação efetiva de todos, homens e mulheres. Por isso, o Laço Branco nos convoca a um chamado urgente: romper o silêncio, reconhecer responsabilidades e transformar comportamentos. Não há avanço verdadeiro na proteção das mulheres sem a participação ativa dos homens nessa mudança.

 

No âmbito da advocacia, temos reforçado esse compromisso com ações concretas. Em agosto, a OAB-MT, por meio da Comissão da Mulher Advogada, lançou o e-book Acolhimento e Encaminhamento às Advogadas em Situação de Violência Doméstica, instrumento criado para acolher e garantir apoio efetivo às mulheres advogadas vítimas de violência, seja no âmbito doméstico ou profissional.

 

Sabemos, porém, que acolhimento e assistência são apenas parte do enfrentamento. Para que a violência deixe de ser uma realidade, precisamos de transformações profundas, de ordem cultural, educacional e social. É necessário ensinar desde cedo que respeito não é concessão: é fundamento ético de uma sociedade justa.

 

A Campanha do Laço Branco reforça que homens podem e devem ocupar posição ativa no enfrentamento à violência. É um gesto que ultrapassa o simbólico e se traduz em atitudes concretas: não silenciar, não relativizar, não compactuar. A dignidade das mulheres é responsabilidade de todos.

 

A OAB-MT segue firme nesse compromisso, mobilizando a advocacia e dialogando com o Poder Público para que políticas de prevenção, proteção e responsabilização avancem de modo consistente. Acreditamos que a construção de uma cultura de paz e igualdade é possível, ainda que desafiadora. Para isso, precisamos da união de mulheres e homens, advogadas e advogados, instituições e toda a sociedade.

 

Gisela Cardoso é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT).

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Quais os planos para o seu 13º salário?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Segunda-feira, 08/12/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.