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Terra e Criação - A | + A

26.01.2009 | 03h00

Produtor troca gado por eucalipto

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Importante pelo uso em larga escala na produção de papel, móveis e na indústria farmacêutica, o eucalipto já é uma realidade florestal em Mato Grosso, tanto nas questões ambientais como na economia regional, já que se trata de uma alternativa de lucro com retorno rápido, se comparado com outras espécies usadas no manejo florestal. De acordo com o engenheiro florestal e presidente da Associação dos Reflorestadores do Estado de Mato Grosso (Arefloresta), Haroldo Klein, o Estado tem cerca de 80 mil hectares de eucalipto plantados e está em plena expansão.

Um exemplo é a plantação do produtor rural Jamir Fernando Jardim Prates, na Fazenda Jardim, no quilômetro 42 da estrada de Manso, em Chapada dos Guimarães. Ele usou 2000 hectares dos 2.580 da propriedade para plantar cerca de 2,3 milhões pés de eucalipto. O restante da área é reserva legal e de preservação permanente. O projeto começou a ser desenvolvido em fevereiro de 2006 e terminou em outubro de 2007, quando ele mesmo plantou os últimos cinco pés da planta, como havia feito inicialmente.

Na época em que fez o plantio foi necessário a mão de obra de cerca 50 trabalhadores. Hoje, ele tem 18 para fazer a manutenção e a assistência técnica constante de um engenheiro florestal e um agrônomo. Os recursos utilizados são 50% próprios e a outra parte do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO) do Programa de Investimento, Custeio e Comercialização Florestal, cujo objetivo é incrementar a produção de madeira na ordem de 150.000 hectares de florestas plantadas por meio de financiamentos aos produtores rurais, cooperativas e agroindústrias, reduzindo o impacto junto as florestas nativas atuando de forma sustentável, além de proporcionar maior oferta de madeira no mercado, reduzindo os custos com plantio, assistência técnica e transporte, permitindo maior autonomia na comercialização dos produtos.

Jamir Fernando disse que decidiu investir em reflorestamento porque, além de contribuir com a preservação do meio ambiente, trocou uma atividade que considera em baixa por uma mais rentável. Antes ele criava gado e tinha cerca de 1500 cabeças para cria e recria. "Tenho certeza que estou investindo na maior fonte de energia renovável do planeta. Resolvi diversificar e não me arrependo de ter escolhido o eucalipto, considero reflorestar um dos maiores negócios do mundo nos dias de hoje".

Um outro diferencial levado em conta pelo produtor foi o ciclo rápido do eucalipto, o qual se pode fazer até três cortes num período de 15 anos, sendo que o primeiro acontece em sete anos. Contudo, ele disse ter plantado mudas e sementes de variedades genéticas de alta qualidade, o que lhe proporciona a escolha de fazer apenas um corte em aproximadamente cinco anos e depois replantar. As mudas que usou foram adquiridas em viveiros de Mato Grosso e da Bahia.

A motivação também se deve, conforme ele, à necessidade que as indústrias do Estado têm de madeira para suas fornalhas. De acordo com a Lei Ambiental não se pode usar mais madeira proveniente de desmatamento de florestas nativas nas indústrias, só de reflorestamento. Um outro fator preponderante é que sua propriedade está localizada num local estratégico, próximo de polos industrias como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Campo Verde, entre outras, onde estão empreendimentos como cervejarias, grande frigoríficos, secadores de soja, etc.

Vale ressaltar que toda a madeira a ser vendida tem que ter certificação emitida por órgãos federais e estaduais, caso contrário se constitui em crime.

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