04.05.2011 | 04h00
Uma grande empresa siderúrgica europeia, estimulada pela onda de redução de quadros que varreu as organizações entre o final do século passado e o início deste, promoveu o desligamento de muitos supervisores. Com isso gerentes passaram a assumir a linha de frente da liderança operacional, relacionando-se diretamente com os operadores da base. Essa condição expôs então, claramente, suas deficiências e inadequações com relação ao efetivo controle do processo, que poderemos chamar de supervisão. É preciso saber que gerenciamento e supervisão são funções muito diferentes. Quando uma mesma pessoa desempenhar as duas funções, ou seja: ser gerente e supervisor, ela deve ser competente nas duas. Gerentes e supervisores têm atribuições distintas e, portanto, devem ter perfis diferentes.
Mas afinal o que significa gerenciar e supervisionar? Para se responder a esta indagação nada melhor que identificar o papel de cada um frente ao processo. O raciocínio se aplica a qualquer tipo de processo, seja ele um processo empresarial, aquele que está na linha de produção do produto (bem ou serviço), seja um processo de apoio. Ao gerente cabe, pelo emprego do método científico baseado em hipótese-teste-teoria, definir qual conjunto de recursos deve necessariamente ser disposto para que o processo seja capaz de conduzir aos resultados esperados. Uma vez que tenha chegado à esta definição operacional do processo a " teoria do processo" é preciso delegar sua execução ao supervisor com absoluta segurança e solidez. Se esta delegação não for realizada, ou se for feita de forma deficiente, o gerente não poderá se dedicar às demais e imediatas necessidades de resultados em outros processos, ou até mesmo no próprio que acabou de ser delegado. Ele estará envolvido por uma infinidade de problemas de diversos tipos que caracterizam os processos fora de controle, ou "mal supervisionados".
Em outras palavras podemos dizer que cabe ao gerente " criar " processos e produtos ( bens ou serviços) em contínua inovação, prover os recursos necessários, e desenvolver supervisores de alto nível, aos quais possa delegar a execução do processo. A este supervisor excelente caberá realizar cotidianamente o processo nas condições definidas gerencialmente, e isto não é um trabalho fácil. Seu sucesso dependerá, mais que tudo, de pessoas competentes e motivadas que formam a sua equipe. Estará o supervisor preparado? Estará consciente de que sua missão exige muito mais suas habilidades de educador e treinador, de sua competências de chefia autêntica, do que de seu conhecimento técnico ou experiência no processo? Não é o que parece existir em grande número de empresas e supervisores.
É preciso uma tomada de consciência das organizações, de seus gerentes e supervisores, visando uma organizada e sólida capacitação de gerentes e supervisores, visando não apenas o competente cumprimento de suas funções individuais, mas também uma atuação conjunta eficiente, como uma autêntica dupla consistente. O primeiro passo é esclarecer o que realmente significa a função de cada um e quais suas atribuições verdadeiras.
Antonio Carlos Gordilho é consultor e autor do livro O Supervisor - A dimensão supervisional da empresa. E-mail: vania@happyhourcom.com.br
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