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23.07.2018 | 11h40

Mãe denuncia negligência durante parto no HGU

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A espera pelo segundo filho da jovem mãe Luana Lacerda, 21, se tornou um pesadelo. Ela denuncia negligência médica que acarretou na morte do bebê, na última sexta-feira (20). Familiares e amigos realizam protesto na tarde desta segunda-feira (23), em frente ao Hospital Geral Universitário (HGU).

Chico Ferreira

Luana relatou ao Gazeta Digital que o sonho de ter seu segundo filho se tornou uma das piores dores que poderia enfrentar.

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A criança nasceu no dia 7 de julho e ficou internada até a sexta-feira (20), quando morreu.

"Cheguei ao hospital pronta para dar à luz ao meu segundo filho, ás 02h30min da manhã do dia 7 de julho e viver o dia mais feliz da minha vida. Mas saí de lá com ele morto", lamentou.

Luana deu entrada no hospital no dia 7, sendo liberada no dia 11 de julho e o bebe ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal por aproximadamente 15 dias.

Segundo a mãe, a criança já nasceu morta, com quadro de morte encefálica, mas como o coração ainda batia, os médicos a mantiveram na UTI.

"Meu filho era um bebê normal, saudável e perfeito. Ele estava com um bom peso quando fui ganhar ele, mas a demora durante o parto, fez ele ter paradas cardíacas e morte encefálica por falta de oxigênio", disse a mãe.

Luana conta como foram as horas de dor, espera e medo enfrentados dentro do HGU. Ela apresentou à equipe médica de plantão um documento do pré-natal, onde indicava parto cesárea devido a falta de dilatação, o que, segundo a vítima, foi ignorado pelos plantonistas.

"Eu não estava tendo dilatação e sentindo fortes dores, não sei porque eles me seguraram tanto tempo, sendo que eu apresentei uma declaração do meu médico que alerta que eu não posso ter parto normal", afirmou Luana.

Durante todo espera, relata que estava com muita dor e que avisou a equipe médica que não poderia ter a criança de parto normal, pois não tinha dilatação. O médico, porém, informou que seria normal.

“Passei a manhã toda com muita dor, por várias vezes chamei a equipe para informar que não tinha dilatação e somente no período da tarde quando eles viram que eu não estava mais aguentando e eles tentaram forçar o parto normal e perceberam que não tinha dilatação. Neste momento eles colocaram aparelho para ouvir o coração do bebê e não ouviram os batimentos, foi ai que eles perceberam que o meu útero tinha estourado e então resolveram fazer a cesariana de emergência e me levaram para a sala de cirurgia as pressas, daí não vi mais nada”, disse a mãe.

Luana ainda se lembra que foi anestesiada e antes que a droga fizesse efeito, a equipe médica retirou o feto puxando com as mãos, o que a fez sentir muita dor.

O pai da criança, Paulo da Silva, afirmou que por várias vezes tentou avisar aos médicos que a esposa não tinha condições para parto normal. A fala foi ignorado.

Após o parto, a equipe médica do HGU emitiu um laudo médico para a paciente alertando que ela não poderá entrar em trabalho de parto em futuras gestações.

Protesto

Por volta de 16h, familiares e amigos da mãe do bebê Pedro Henrique Lacerda Silva vão protestar em frente ao Hospital Geral Universitário contra a negligência médica e morte da criança.

A passeata seguirá da Praça Ipiranga até o HGU, com um protesto para cobrar dos governantes que investiguem os hospitais, melhorias na saúde, que investigue o caso que e principalmente a questão da violência obstétrica.

Outro lado

Por meio de nota assinada pelo diretor técnico do HGU, o médico Alexandre Maitelli, o hospital garante que todos os procedimentos e normas foram corretos, durante os trabalhos de parto da paciente.

Segundo o hospital a mãe teve 10 cm de dilatação e após atingir esta medida teve uma parada abrupta nas contrações uterina acompanhada de dor intensa. Neste momento a equipe então decidiu fazer a cesárea de emergência.

O hospital não informou qual o estado de saúde em que o bebê nasceu, apenas declarou que após o parto foi levado à UTI Neonatal e morreu após piora do quadro clínico.

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