vítima de arma de fogo 24.01.2024 | 14h29
Reprodução
Uma indígena da etnia Pataxó Hã Hã Hãe foi morta neste domingo (21), na região de Potiraguá, no sudoeste da Bahia. A vítima é Maria de Fátima Muniz de Andrade, conhecida como Nega Pataxó, atingida por um disparo de arma de fogo.
Seu irmão, o cacique Nailton Muniz Pataxó, também foi atingido, mas foi socorrido com vida e levado ao Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga. Um ruralista foi ferido por uma flechada e foi hospitalizado.
Dois fazendeiros foram presos em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio após o conflito entre indígenas e ruralistas durante uma tentativa de retomada de uma fazenda. Conforme a Secretaria da Segurança Pública da Bahia, o conflito ocorreu durante a ação de um grupo denominado Movimento Invasão Zero.
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De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, o ataque foi provocado na retomada da Fazenda Inhuma, em área reivindicada pelos Pataxó como de ocupação tradicional. A área indígena se situa entre os municípios de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia, no sul da Bahia - há anos a região vem sendo palco de conflitos fundiários.
Segundo o ministério, cerca de 200 ruralistas da região se mobilizaram para recuperar por meios próprios, sem decisão judicial, a posse da Fazenda Inhuma, ocupada por indígenas no último sábado (20). Ainda segundo a pasta, eles cercaram a área com dezenas de caminhonetes. Foi, então, que começou o conflito com os indígenas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, viajou para a região na segunda-feira (22) e acompanha o caso através do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas. A Polícia Federal também foi acionada e enviou equipes para a região.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) manifestou “profundo pesar e indignação diante do assassinato da líder indígena Pataxó Hã Hã Hãe Maria de Fátima Muniz Andrade”.
Em nota, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), que representa os produtores rurais, lamentou os fatos ocorridos em Potiraguá, envolvendo invasão de propriedade rural que provocaram uma morte e deixaram outras pessoas feridas.
“Representando os produtores rurais e sindicatos rurais da Bahia, a Faeb, como vem fazendo ao longo dos últimos anos, mais uma vez convoca o poder público para garantir o que está previsto na Constituição. Combater invasões de terra vai além de defender a propriedade privada e a segurança no campo, é a defesa sobretudo do Estado de Direito”, disse.
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