Trio é condenado a 125 anos de prisão por matar 'colega' com tiros na cabeça e peito

O Tribunal do Júri de Sorriso (420 km ao Norte) condenou 3 integrantes de uma facção criminosa pelo homicídio qualificado de Matheus Barbosa da Silva, morto em 23 de julho de 2022. A sessão, realizada na segunda-feira (24), resultou em penas que somam 125 anos de prisão, todas em regime fechado. O jovem foi assassinado na frente de sua família. 

Daniel de Souza Pedroso, apontado como líder da ação, recebeu a maior pena: 30 anos pelo homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de 16 anos por organização criminosa com aumento pelo uso de arma de fogo. Ao todo, Daniel cumprirá 46 anos de reclusão.

Douglas Gabriel Moreira da Silva foi sentenciado a 27 anos pelo assassinato e 10 anos por organização criminosa, também com causa de aumento, totalizando 37 anos. Já Jeferson Araújo Pereira, responsável por invadir a casa, acessar o celular da vítima e auxiliar na execução, foi condenado a 30 anos pelo homicídio e 12 anos por organização criminosa, somando 42 anos de prisão. 

O crime

O crime ocorreu por volta das 4h15 da madrugada, quando os réus invadiram a residência de Matheus, no bairro Boa Esperança, e exigiram acesso ao celular dele para verificar mensagens. Após encontrarem conteúdos que desagradaram ao grupo, Daniel e Douglas atiraram várias vezes contra a vítima, que não teve chance de defesa. A execução aconteceu na presença da mãe, do padrasto e da irmã do morador, causando forte abalo emocional à família, que deixou a casa após o crime.

Leia também - MP recorre ao STJ para que ré confessa vá a júri popular

As investigações apontaram que o homicídio foi motivado por retaliação interna da facção, caracterizando motivo torpe, além de ocorrer dentro da residência e de forma a surpreender a vítima. O juiz presidente do júri, Rafael Deprá Panichella, manteve todos os condenados presos, negando o direito de recorrer em liberdade e destacando a gravidade dos crimes. Também determinou o perdimento de bens apreendidos durante a investigação.

Matheus, que tinha 20 anos, foi atingido na cabeça, no tórax, no pescoço e no braço esquerdo. Vizinhos e familiares relataram que ouviram os criminosos interrogando e ameaçando o jovem momentos antes da execução.