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problemas ambientais 18.06.2022 | 15h24

7 em cada 10 habitantes da região Centro-Oeste associam pouco ou nada o consumo de soja ao desmatamento

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Divulgação

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O Instituto Cidades Sustentáveis, em parceria com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), divulgou os resultados da Pesquisa Cidades Sustentáveis: Meio Ambiente e Consumo. O levantamento inédito ouviu moradores de cidades das cinco regiões brasileiras sobre o impacto dos problemas ambientais em seu cotidiano e ainda sobre em que medida seus hábitos de consumo interferem no desmatamento da Amazônia.

Com a possibilidade de assinalar mais de uma alternativa na resposta à primeira questão, os maiores problemas ambientais apontados pelas pessoas são: sistema de coleta e tratamento de esgoto e poluição do ar, ambos com 27%; poluição de rios e mares, que registrou 26%; e enchentes e alagamentos, com 26%.

A pesquisa evidencia diferenças na percepção das pessoas em relação ao tema, dependendo da região do país em que a cidade está localizada. O desmatamento é apontado como o principal problema ambiental por 20% dos entrevistados do Norte e Centro-Oeste, índice dez pontos mais alto do que no recorte Nordeste.

Outra constatação importante é que os moradores de municípios das regiões Norte e Centro-Oeste têm uma preocupação maior com o desmatamento em comparação com os habitantes de outras áreas do Brasil.

A alternativa (desmatamento) foi considerada uma das principais preocupações ambientais para 20% dos pesquisados dessas duas regiões, que atualmente sofrem mais intensamente o problema. O índice é muito superior ao registrado no Sul (14%), Sudeste (12%) e Nordeste (10%).

Hábitos de consumo e desmatamento
A pesquisa revela ainda uma contradição bastante interessante. Embora metade dos brasileiros (50% dos pesquisados) avalie que o desmatamento da Amazônia é “muito influenciado” pela atividade econômica das cidades que ficam longe dessa região e pelo hábito de consumo das pessoas que nelas vivem, o percentual que relaciona o problema ambiental com o seu próprio consumo é bem menor.

Apenas 25% dos pesquisados reconhecem que seu hábito de consumir carne bovina está “muito relacionado” com o desmatamento da Amazônia, enquanto 69% avaliam que as duas coisas estão “um pouco” ou “nada” relacionadas. Outros 6% não sabem ou não responderam.

As regiões Norte e Centro-Oeste também são destaque na correlação entre desmatamento e consumo de produtos derivados de soja, como óleo, leite, suco de soja, ração para animais, entre outros. Enquanto 64% dos brasileiros relacionam o desmatamento com seu consumo deste tipo de produto, nas duas regiões o percentual fica em 69% da população.


Sobre a pesquisa
Promovida pelo Instituto Cidades Sustentáveis -- organização responsável pelo Programa Cidades Sustentáveis e Rede Nossa São Paulo -- e realizada pelo IPEC -- Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, a Pesquisa Nacional: Meio Ambiente contempla 2.000 entrevistas em 128 municípios, entre os dias 1 e 5 de abril de 2022.

Foram entrevistados integrantes da população brasileira, de 16 anos ou mais, e a margem de erro do levantamento é de 2 (dois) pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança estimado e de 95%.

Crescimento do rebanho bovino na Amazônia

O que talvez muitos pesquisados não saibam é que, desde a década de 1970, o rebanho bovino cresceu mais de 980% nos municípios localizados na Amazônia Legal, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Comparativamente, nas cidades brasileiras localizadas em outras regiões, o aumento registrado foi de 49%.

De acordo com o instituto, em 1974, o número de cabeças de gado na Amazônia Legal era de 8,5 milhões, o que representava menos de 10% do rebanho nacional. A quantidade saltou para 93 milhões em 2020, ou seja, quase 43% dos bovinos existentes no país, que somavam 218 milhões.

A cidade líder do ranking no Brasil, São Félix do Xingu, no Pará, ganhou mais 2,7 milhões de bois apenas em 2020, um crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior. Não por coincidência, a cidade também é líder nacional em emissões de carbono e está no topo dos municípios que mais desmatam no país

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