operação mantus 08.06.2019 | 16h18
viviane@gazetadigital.com.br
João Vieira
Após as declarações do delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta, sobre supostos privilégios concedidos a João Arcanjo Ribeiro dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), preso durante a Operação Mantus no dia 29 de maio, o sistema prisional confirmou que o cabelo dele foi raspado.
O assunto veio à tona na quinta-feira (5) durante depoimento do bicheiro e de outros envolvidos em organizações criminosas investigadas em crimes de lavagem de dinheiro oriundo da contravenção penal do jogo do bicho.
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Arcanjo saiu do sistema com colete à prova de bala, com o cabelo do jeito que entrou na penitenciária, e com camisa polo. Ao contrário de outros presos, que tiveram que usar o uniforme do sistema.
"É até uma vergonha para a direção da PCE mandar um preso assim. Lá tem mais de mil reeducandos e ele é o único que está com cabelo", relatou Stringueta.
Na ocasião, a Administração Penitenciária esclareceu que o fato de não ter cortado o cabelo do preso João Arcanjo Ribeiro não significava que ele tenha recebido privilégio de qualquer natureza, sendo aplicados os procedimentos operacionais previstos.
A Gestão Penitenciária determinou também à direção da Penitenciária Central do Estado que o preso receba o tratamento que é dispensado a todos os custodiados na unidade. A PCE também esclareceu que o colete foi colocado pela Polícia Civil.
Sobre o uniforme prisional, em caso de unidade não dispor, é concedido ao preso que ele recebe camisa e bermuda de cor branca, sem qualquer estampa ou acessório.
Interrogatório
Interrogados pela GCCO, os presos Leander dos Santos Andrade e Rosalvo Ramos de Oliveira confessaram a participação no esquema do jogo do bicho e apontaram o empresário Frederico Muller Coutinho como líder da Ello FMC nos jogos de azar.
Leander relatou que trabalhava para a FMC e depois mudou para a Colibri. Rosalvo admitiu prestar serviço á FMC. Eles não citaram envolvimento do bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Ambos trabalhavam como recolhedores do dinheiro das apostas e recebiam entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil mensais.
Esses foram os últimos depoimentos colhidos recentes na Operação Mantus, antes que seja encerrado o inquérito policial.
A Operação Mantus foi deflagrada no dia 29 de maio passado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia Fazendária para investigar a prática de contravenção do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
As empresas Ello FMC e Colibri foram apontadas como administradoras dos jogos de azar Estado e 32 pessoas foram presas na ação policial, que apreendeu ainda mais de R$ 300 mil, em espécie, dezenas de máquinas eletrônicas de aposta do jogo do bicho, documentos, joias, relógios, e 11 veículos, dos quais dois foram devolvidos e nove continham em poder da Justiça.
Além disso, foram sequestrados a mando da Justiça, o Hotel Colibri que fica na cidade de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, o estacionamento Parking na Avenida do CPA, na capital, e o imóvel da empresa Granito, todos de propriedade de João Arcanjo Ribeiro.
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