'Homem-fruta, Homem-mato' 27.09.2025 | 07h00
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Divulgação
“Homem-fruta, Homem-mato” é o título da nova exposição individual d’O Sol Ferreira, ator, poeta e artista plástico mato-grossense. Com uma identidade tradicionalmente cuiabana, o artista anuncia, já no nome da exposição, que pretende falar sobre a realidade do estado.
“A exposição é autobiográfica. Ela fala sobre a minha trajetória e transição de um ponto de vista pessoal. Porém, eu tive a sorte de nascer numa região riquíssima em belezas e não poderia deixar de referenciar Mato Grosso nas minhas obras. Não consigo!”, brinca O Sol.
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“Homem-mato" é um neologismo usado pelo artista para explicar de maneira lúdica o desenvolvimento de sua identidade transmasculina. Em 2025, Bruno Sol, a pessoa por trás do artista, completou sete anos de transição de gênero, processo que abrange desde a mudança de nome nos documentos até as duas cirurgias mais recentes.
“As obras nesta exposição seguem uma ordem cronológica. Minha intenção é compartilhar com o público todas as fases da minha transição, os sabores, as dores e as cicatrizes que marcaram cada uma”, conta Sol.
Local
Além de multiartista, O Sol Ferreira também é acadêmico, formado em Teatro pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), em Letras/Literatura pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e mestrando em Antropologia Social, também pela UFMT.
Por isso, durante a elaboração do projeto expográfico, O Sol não teve dúvidas sobre o local. “Imediatamente eu sabia que a exposição aconteceria na UFMT, minha segunda casa há alguns anos”, explica. “Depois disso, entendi que o lugar ideal para a montagem seria o MUSEAR”.
O MUSEAR, Museu de Etnologia e Arqueologia da UFMT, é uma instituição sem fins lucrativos que visa a pesquisa, o ensino, a extensão e a salvaguarda do patrimônio cultural de povos indígenas. Mato Grosso é o estado brasileiro com a maior parte das populações indígenas vivendo dentro dos territórios originais. Nesse contexto, o MUSEAR é um dos principais responsáveis por transmitir o conhecimento dos povos originários e acolhê-los dentro da academia.
Sendo um homem negro, O Sol Ferreira entende a importância dessa missão. “Para mim, o Museu de Etnologia é um dos espaços que mais merecem a nossa atenção dentro da Universidade e, infelizmente, isso não acontece… as visitas ao museu estão esparsas e, quase sempre, são agendadas apenas pelos professores da graduação”, lamenta. “Porém, chegamos para mudar isso!”.
A exposição artística “Homem-fruta, Homem-mato” está prevista para a primeira quinzena de outubro e a visitação é 100% gratuita.
Save the date: 11 de outubro de 2025.
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