situação piora no interior 10.11.2025 | 16h49

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Aline Costa/ GD
Mobilização com escrivães e investigadores da Polícia Civil de todo o Mato Grosso reuniu dezenas de servidores e afetou o trânsito na avenida Coronel Escolástico, na tarde desta segunda-feira (10), em Cuiabá. A principal reivindicação da categoria é o diálogo com o governo do Estado reajuste salarial e com reestruturação dos cargos.
O ato foi organizada pelos Sindicatos de Investigadores (Sinpol-MT) e Escrivães (Sindepojuc-MT), com profissionais da Capital e interior, que vieram em caravanas para o protesto.
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Gláucio Castañon, presidente do Sinpol, explicou que hoje a condição dos servidores é dificultada pela baixa quantidade de efetivos. Diante da falta de pessoal, os trabalhadores alegam sobrecarga de atividades.
“Hoje, nossa principal reivindicação é a reestruturação dos cargos. Qualquer outra gratificação, como bônus, verbas indenizatórias que o governo queira dar, é bem-vinda. Porém, isso não é aquilo que nós estamos buscando. Nós queremos uma reestruturação compatível com as demais carreiras de nível superior”, afirmou ele.
Os sindicalistas alegam que hoje, diante da demanda de serviço e falta de pessoas, os servidores ultrapassam jornada prevista em lei. Castañon destacou que a situação para escrivães e investigadores nos interiores é ainda mais difícil.
“Dado o tamanho do nosso estado, nós temos cidades de 5, 6 ou 10 mil habitantes que têm apenas 3 ou 4 policiais. A delegacia não pode fechar, então tem que ficar um policial na delegacia de plantão por 24 horas. Se uma cidade tem apenas 4 investigadores e eles têm que tirar um plantão de 24 horas, como fica a investigação? Então esse policial, além de tirar o plantão, ele tem que ir durante a sua folga para fazer a investigação”, acusou Castañon.
Por fim, o presidente cobra diálogo com o Executivo para sanar as queixas da categoria ainda este ano, visto que 2026 tem eleições e isso pode atrapalhar as tratativas. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os escrivães e investigadores passarão a cumprir apenas as medidas previstas em lei, como interrogatórios e liberação de corpos apenas na presença de delegados e jornada de trabalho com apenas 40 horas, sem ultrapassar o tempo.
“Se não chegarmos a um consenso, infelizmente, nossa última reação será deflagrar uma operação denominada ‘Operação Legalidade’. Assim, a gente vai cumprir exatamente o que a lei manda. Nós não estaremos descumprindo nada da lei, estaremos cumprindo a lei de forma rígida. Porém, se fizermos isso, infelizmente a Polícia Civil para, porque hoje, com a quantidade de efetivos que temos, se não trabalharmos muito além daquilo que nos é pago para fazer, a Polícia Civil, com certeza, vai parar”, finalizou ele.
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