PEDEM POR JUSTIÇA 05.03.2023 | 07h29
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Vithoria Sampaio / Gazeta Digital
Amigos e familiares se uniram na noite desse sábado (3) para pedir justiça pela morte do vendedor de castanha Uarlei Pereira Brandao, 36, assassinado no dia 18 de fevereiro pelo policial civil José Luiz do Nascimento mais conhecido como "Zézinho", no bairro Alvorada em Cuiabá.
Com cartazes e fogos de artifícios, seus entes queridos clamaram para que o caso seja tratado com mais seriedade e respeito. Uarlei era casado e deixa dois filhos menores de idade.
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Conforme noticiado pela reportagem, morte do vendedor ocorreu em um bar do bairro onde o trabalhador morava. Informações repassadas pela família à polícia apontam que Uarlei se desentendeu com José Luiz por conta da porta do banheiro em que a vítima utilizava supostamente estar aberta.
Ao portal , Nuriene Tabata, 24, que é viúva de Uarlei, pediu por justiça ao reforçar seu desejo de que o caso seja investigado a fundo. Jovem também apontou que os dias sem o marido têm sido difíceis.
"Eu espero justiça. Espero que a Corregedoria, a Polícia Civil no caso também, dê uma resposta para a gente. Porque nós familiares, eu como esposa, a mãe dele, os filhos, a gente precisa de uma resposta. Ele não matou um malandro, ele matou um trabalhador, um cara batalhador. Eu preciso de respostas, porque os dias estão bem difíceis, porque estávamos há muito tempo juntos", disse.
Amigo da vítima há mais de 10 anos, Ronaldo Alves dos Santos criticou o fato de que Uarlei foi morto por um policial que utilizou armamento do Estado para cometer o crime.
"É muito injusto a gente ver um pai de família deixar duas crianças sozinhas no mundo porque um cara que era para estar cuidando da sociedade recebeu um armamento do Estado e usou a própria arma para tirar a vida de um pai de família", afirmou.
"Um cara tão errado, com uma ficha tão extensa ainda estar representando o Estado e acabou tirando com essa arma a vida de um pai de família. A gente quer cobrar de fato uma posição da Justiça em relação a isso aí, porque é inconcebível", acrescentou.
Ronaldo disse ainda que o bairro em que a vítima morava tem enfrentado dias difíceis com a morte do vendedor, sobretudo por conta do aumento da insegurança dos moradores diante da violência.
O caso
Uarlei foi morto a tiros na noite do dia 18 de fevereiro, em um bar, localizado no bairro alvorada, em Cuiabá. Segundo informações passadas por familiares à equipe da DHPP, a vítima entrou em atrito com o policial, próximo ao banheiro do comércio, ocasião em que o suspeito sacou a arma de fogo e efetuou os disparos, atingindo a vítima no peito.
Ele foi socorrido por populares e encaminhado até o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde chegou ainda com vida, sendo realizadas manobras de reanimação, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Para a reportagem, a mulher afirmou que ela e o marido não conheciam o acusado, mas que tinham conhecimento de que ele era uma autoridade que apresentava comportamentos agressivos. As investigações continuam para conclusão do caso.
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