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ASSASSINATO por R$ 200 MIL 16.05.2025 | 18h10

Filha acredita que mais pessoas encomendaram morte do pai; 'não foram só dois'

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Silvano Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

TV Vila Real

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Livia Nery, filha do avogado Renato Nery, assassinato a tiros em frente ao próprio escritório no dia 5 de julho do ano passado, falou pela primeira vez após prisão de César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, apontados como mandantes do crime, em entrevista para o Cidade Alerta, da TV Vila Real, na última quinta-feira (15).

 

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O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva confessou que recebeu R$ 150 mil para matar o advogado. O valor combinado, porém, teria sido de R$ 200 mil.

 

Livia disse que não acredita que o crime tenha sido encomendado apenas por R$ 200 mil, uma vez que envolveu diversas pessoas. "A vida do meu pai não tem valor, mas esse valor alegado, até o momento, acho incoerente. Se já tem 10 pessoas presas, esse valor de R$ 200 mil, dividido por 10 pessoas, eu não acredito que uma pessoa mataria por R$ 20 mil", afirmou.

 

Ainda acerca do casal apontado como mandante do crime por conta de uma disputa de terra, a filha de Renato Nery argumentou que não imagina que César e Julinere sejam os únicos líderes do homicídio.

 

"Eu acho pouco provável [que eles sejam os únicos mandantes]. É uma terra que envolvia a família toda, e não apenas o casal. Ali eram posseiros que passaram várias famílias, então eu não acredito que eles seriam os únicos. Devem ter outras pessoas que colaboraram por trás. Isso é o que a gente acredita, não tenho como afirmar", argumentou.

 

Mesmo passado quase um ano do crime, Livia ainda acredita que a investigação está longe do fim. "Acho que [a investigação] está na metade. Acho que haverá desdobramentos com esses depoimentos, com o decorrer das investigações. Não acredito que um casal assim teria a influência pra contratar tantos policiais para um assassinato".

 

Também participou da entrevista o advogado da família Walmir Cavalheri. Ele foi amigo pessoal de Renato Nery durante anos. Ele afirmou que as todas áreas de disputa entre Nery e o casal preso são avaliadas em cerca de R$ 50 milhões.

 

O homicídio

Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo, no dia 5 de julho do ano passado (2024), na frente de seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas depois do procedimento médico.

 

Desde a ocorrência, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do advogado.

 

Investigação

No dia 5 de julho, após cometer o homicídio em frente ao escritório de advocacia, na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, o executor percorreu cerca de 30 quilômetros até chegar na chácara localizada no bairro Capão Grande, em Várzea Grande.

 

Todo o trajeto da motocicleta foi registrado por diferentes câmeras instaladas nas vias públicas. No dia 8 de julho, a equipe da DHPP conseguiu acessar a última câmera, que captou imagens da moto a menos de 2 quilômetros da chácara.

 

Diante da descoberta, no dia 10 de julho, todo efetivo da DHPP foi empregado para realizar buscas na região do bairro Capão Grande, com objetivo de localizar a motocicleta, até então a principal pista da investigação.

 

O delegado Bruno Abreu, que presidiu o inquérito, explicou que essa movimentação intensa de policiais civis, nas proximidades da chácara, causou temor aos dois suspeitos quanto à localização da arma de fogo e alcance das autorias.

 

“As evidências indicam que o intuito era abandonar a arma empregada no homicídio, fazendo com que a situação de confronto se mostrasse real e, com isso, levasse à possível incriminação das pessoas abordadas na ocorrência do suposto confronto registrado no dia 11 de julho”, disse Bruno Abreu.

 

Com a conclusão desse inquérito e indiciamentos dos dois envolvidos, o caseiro e o militar seguem presos preventivamente à disposição da Justiça. Os autos foram encaminhados para o Judiciário e ao Ministério Público Estadual para oferecimento de denúncia.

 

Já entre o casal apontado como mandante, a mulher aceitou colaborar com a investigação e irá falar em depoimento, acompanhada de advogado. O homem segue negando o crime e permaneceu calado durante todo o depoimento. A conduta dos dois será apurada em inquérito complementar.

 

Veja a entrevista na íntegra

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