deu em a gazeta 04.08.2024 | 07h12

redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira
Destruição do paredão das encostas do Portão do Inferno, considerado monumento natural com identidade pré-histórica, supressão da vegetação, perda da flora e de espécies, riscos de acidentes, e impactos econômicos, foram os principais danos verificados por ambientalistas, com a obra de retaludamento proposta pelo governo de Mato Grosso, para solucionar a queda natural dos blocos na região do Portão do Inferno, na MT 251.
Os apontamentos foram feitos durante visita técnica no local, realizada na sexta-feira (2). Guiado por Fernando Francisco Xavier, analista ambiental e chefe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que faz a gestão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o objetivo foi verificar a área e diagnosticar os impactos.
“O retaludamento traz uma perda ambiental muito grande, pois retirar a rocha é depreciar a paisagem, é tirar parte da história, além de afetar as espécies e vegetações existentes nesta área”. Explica ainda que o retaludamento começa pela parte de cima, sendo necessária uma rampa de acesso para as máquinas subirem e retirarem as rochas, apresentando riscos de acidentes com a queda de blocos, podendo comprometer ainda mais a estrada.
“Na parte de baixo, da curva do Portão do Inferno, é um viaduto que está comprometido, então o transporte de veículos pesados com material rochoso para ser descartado pode danificar mais, pois serão cerca de 12 mil viagens com peso estimado em 15 toneladas”.
Segundo Fernando, o ICMBio autorizou o licenciamento ambiental por se tratar de uma obra emergencial, sendo a única alternativa apresentada pelo governo de Mato Grosso.
“A queda dos blocos é um processo natural que ocorre há anos, e tem estudos anteriores que apresentam outras alternativas para a solução do problema, como a construção de uma ponte ou de um viaduto, sem ter a necessidade de retirar o morro, mas esses estudos não foram avaliados. Seria interessante que a sociedade pudesse discutir mais alternativas de intervenção, com estudos mais bem feitos”.
Fernando explica que o ICMBio aprovou a execução das obras nas encostas do Portão do Inferno, mediante 20 condicionantes. Dentre elas de requalificar o trecho da curva do Portão do Inferno, para ser usada como ponto turístico, já que uma nova estrada será construída para a passagem de veículos, além de impedir o uso de explosivos.
Leia matéria completa na edição do jornal A Gazeta
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.
Thuthuco - 04/08/2024
E os inúmeros esgotos sem tratamento que sao jogados no Rio Cuiabá. Através dos correios da capital.
1 comentários