Laudo confirma que vítima foi estuprada antes de assassinato

Laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) aponta que Solange Aparecida Sobrinho, 52, sofreu violência sexual antes de ser morta. O corpo da vítima foi encontrado, na manhã do dia 24 de julho, em uma área desativada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. Ela tinha marcas de esganadura no pescoço e vestia apenas sutiã. Depois desse caso, foram registradas outras duas situações de importunação sexual no campus e um suspeito foi preso.

Em entrevista ao Balanço Geral, o delegado Caio Albuquerque informou que a presença de sêmen na vítima indica que ela sofreu estupro. “Foi, Infelizmente, informado pela Politec a presença de sêmen nas partes íntimas dessa mulher. Por isso, nós podemos chegar a conclusão de que ela foi submetida ao estupro”, comunicou.

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Para o delegado, a junção desses vestígios com as lesões no pescoço apontam para uma relação forçada imposta pelo criminoso, que ainda não foi identificado.

“A presença do sêmen nessa região indica uma conjunção carnal. Associado as lesões que essa mulher apresentou na região do pescoço, decorrentes de uma esganadura, evidenciando que ela morreu por asfixia, indicam que além do homicídio ela sofreu uma conjunção carnal forçada”, informou.

Segundo relatos familiares, a vítima sofria de transtorno mental, mas levava uma vida sem grandes limitações. “Ela caminhava sozinha, tinha suas atividades e o costume de ir às universidades. Nesse dia, possivelmente, ela já estava sendo observada, como acontece nesses tipos de crime”, detalhou o responsável pela apuração.

Ainda segundo o delegado, a vítima pegou um ônibus sozinha, foi até a universidade, caminhou, mas que ainda são analisadas imagens para identificar pessoas que estiveram com ela e tentar descobrir o responsável pelo crime.

Outros casos

Na segunda-feira (28), uma estudante de Comunicação Social, de 23 anos, foi atacada por um suspeito que estava em situação de rua e possivelmente sob efeito de drogas. A jovem contou que ele agarrou pelo braço, sem qualquer justificativa, e a soltou em seguida, deixando marcas de arranhões. Ela procurou ajuda da equipe de segurança do campus, que a conduziu para o registro do boletim de ocorrência.

Já na tarde dessa quarta-feira (30), um homem foi preso por importunação sexual contra uma estudante de 19 anos. Segundo informações, a estudante estava no bloco do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), quando foi abordada pelo suspeito pela primeira vez. Ele estava agitado, aparentemente sob efeito de entorpecentes, e foi em direção a outro bloco do campus. Lá, ele novamente abordou oferecendo maconha. Após ela negar, o homem disse "me dá um abraço" e, antes que ela respondesse, agarrou-a e deu um beijo no pescoço. 

A reportagem do  apurou, ainda, que o suspeito importunou outras mulheres no campus antes de ser preso. Uma estudante de Sistemas de Informação, também de 19 anos, que não quis se identificar, conta que foi abordada pelo homem, que segurou seu braço.