deu em a gazeta 12.05.2024 | 07h34
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João Vieira
Em Mato Grosso, quase 200 mil mulheres assumem a tarefa de cuidar, educar e sustentar os filhos sozinhas. Chamadas “mães solo”, a expressão é utilizada para descrever mulheres que criam os filhos sem a presença de um parceiro ou cônjuge e, em todo país, somam mais de 11 milhões.
Elas superam obstáculos e desafios diários nessa jornada, seja por escolha, abandono ou morte do companheiro. Nessa posição, chamadas de fortes, guerreiras e resilientes, na verdade são apenas mães que lutam para dar aos filhos uma vida melhor. Em homenagem ao Dia das Mães (12 de maio), o jornal A Gazeta conta a história de algumas delas.
“Mãe nenhuma deixa seus filhos passar fome, sem fazer nada, sem correr atrás. Ela move o mundo, pede, faz o que for por eles”. É assim que Patrícia Martins da Silva, 37, mãe solo há mais de 10 anos, enxerga a mulher quando ela se torna mãe. Com quatro crianças, Jhuan Christian, 13, Raymura Eduarda, 9, Rhania Vitória, 7, e Leandro, 6, afirma não ser diferente de qualquer outra mãe que luta e faria tudo pelos filhos. Ela, que teve que aprender a sustentar as crianças, reconhece que a vida de uma mãe solo pode ser muito mais desafiadora, mas lembra que com “Deus tudo é possível”.
“Eu, por exemplo, nunca me imaginei fazendo pão. Não sabia nem por onde começar, mas Deus me abençoou com uma vizinha que me incentivou, me ajudou e hoje esse é o sustento da minha casa”.
Há mais de cinco anos, em um dos momentos de dificuldades como mãe solo, a vizinha surgiu com a ideia dos pães para vender. Foi quase um mês de “treinamento”, até que se aperfeiçoou e conseguiu chegar ao resultado esperado. Patrícia lembra que contava com a ajuda dos próprios vizinhos para conseguir os ingredientes e também assar os pães. “Um me dava um pouquinho, outro me emprestava o forno e assim eu fazia os pães quase todos os dias para treinar. Tinha uns que saiam duros igual uma pedra. Todo dia meus filhos e vizinhos comiam os pães para dar a opinião”, recorda.
Foram inúmeros desafios ao longo dessa jornada e ela se recorda do dia em que já estava pronta para vender os pães e pegou todo o dinheiro que havia recebido Bolsa Família, na época R$ 156, para comprar ingredientes. Hoje, Patrícia levanta às 3h para preparar os produtos para a venda do dia e é ela mesma quem sai para vender. Garante que não há nada que possa parar uma mãe. “Se hoje eu sei o que sei, se faço os pães e sustento minha casa, isso foi possível porque Deus me abençoou, mas também por causa da minha vontade, pelos meus filhos”.
Leia a matéria completa na edição do Jornal A Gazeta
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