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CELEBRAÇÃO DA PROFISSÃO 03.08.2023 | 13h00

'Não excluí ninguém', diz mestre de capoeira sobre a arte marcial

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Jolismar Bruno - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

Reprodução/Facebook

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Som marcante do berimbau, atabaque e pandeiro, de palmas e cantos, saltos e movimentos ágeis e complexos, feito ao chão ou de cabeça para baixo, a capoeira conta uma parte da história de negros escravizados do período colonial. "Jogada" até os dias atuais, a arte marcial, simboliza ancestralidade e resistência e envolve dança, luta, música e também brincadeira. Características marcantes que celebra quem pratica, o capoeirista.  

 

Arquivo pessoal

Mestre Visk

 

“A capoeira é compartilhar todos os dias do saber e fazer oriundo da nossa ancestralidade. Ela é um processo contínuo, nunca vai deixar de existir! É maior fonte divulgadora da língua portuguesa brasileira no mundo. É um instrumento de formação de pessoas. É cultura, educação, esporte, manifestação e filosofia de vida”, afirmou mestre Visk, maneira que prefere ser identificado, que completa 48 anos nesta data e se dedica a capoeira há 35 anos, tendo a arte marcial como única fonte de renda e sustento da família.  

 

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Criada por negros escravizados no período colonial, a capoeira é Patrimônio Cultural Imaterial, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional (Iphan) e devido à presença em mais de 180 países, foi considerada Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

 

Qualquer pessoa pode ser capoeirista. Já para ganhar títulos e construir carreira com a arte marcial, é preciso dedicação e solidariedade para transmitir os conhecimentos adquiridos com os profissionais para outros iniciantes. Dessa forma, se ganha o reconhecimento de mestres e baluartes, pessoas “mais velhas” do meio, que nomeiam com os grandes títulos da capoeira.

 

Arquivo pessoal

Mestre Visk

 

“A capoeira não excluí ninguém! É uma arte brasileira que inclui todas as pessoas. Tem algo inexplicável”, destacou o mestre. Visk é fundador da capoeira Vip, projeto em que ministra aulas particulares e gratuitas em escolas e diversos locais públicos de Cuiabá. Ele já viajou por diversos países levando os ensinamentos da capoeira. Além disso, realiza eventos, como  5° batizado e troca de cordas, nesta sexta-feira (4), no colégio Liceu Cuiabano.

 

 

 

Considerada uma arte marcial, a capoeira envolve golpes, que entre os mais comuns são chutes, joelhadas, e saltos. Pessoa que pratica com afinco e se dedica a modalidade, recebe apelidos próprios, pelo qual são identificados.

 

Em Mato Grosso, há uma federação ao nível estadual que representa o esporte na realização de eventos de graduação de novos capoeiristas, intercâmbio cultural, competições e jogos de capoeira que conta com a participação de grupos, ligas e projetos. Há adeptos da arte marcial que defendem a elevação de esporte olímpico.

 

De origem de negros escravizados, a capoeira ainda sobre com preconceito no país, assim como qualquer outra manifestação criada por negros trazidos da África para o Brasil, no período colonial. “Procuro colocar na condição de excelência”.  

 

A data

Não existe uma lei ao nível nacional que institui o dia da capoeira. No entanto, através da Lei nº 4.649/1985, do governo do estado de São Paulo, praticantes da arte marcial passaram a celebrar a data em todo país. “O capoeirista passou a gostar dessa data e não abrem mão dela”, frisou mestre Visk.

 

Divulgação

capoeira

 

Segundo o mestre, em Cuiabá, a capoeira surgiu na década de 60, através de uma família de baianos, sendo pelos irmãos “Rochinha e Zeno”, onde o mais velho Rochinha estudava Engenharia Mecânica, em Salvador. No entanto, o cuiabano Edmundo recebeu o convite do Zeno para conhecer a capoeira, que ao deparar com o Rochinha treinando sozinho os movimentos da arte, pois ficou impressionado e encantado com a capoeira, e passou a praticar.  

 

Mestre Edmundo seguiu o legado herdado pelos precursores e prosseguiu o ensinamento do saber da ancestralidade, assim, os nascimentos dos primeiros capoeiristas cuiabanos, Eron Silva (Mestre Eron) e Ivo Domingos (Mestre Sombra). Além, dos capoeiristas cuiabanos, já no final da década de 70 e início de 80 surgiram novos adeptos oriundos de outros estados que vieram para Mato Grosso pela oferta de trabalho e passaram a residirem no estado, e com isso passaram a propagar a capoeira nas regiões norte e sul.          

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