educação e cultura 05.08.2025 | 09h05
Divulgação
Nos dias 1º e 2 de agosto, Cuiabá foi palco de um dos eventos mais emocionantes e significativos dos últimos anos: o Festival Social AMA Capoeira/APJ 2025. Com a participação de mais de 300 capoeiristas e 180 graduações de crianças, jovens e adultos, o encontro reuniu famílias de diferentes bairros da capital em uma celebração da cultura afro-brasileira, inclusão social e convivência comunitária.
O festival destacou-se por seu caráter transformador, revelando a força da capoeira como ferramenta de educação, disciplina e pertencimento. Com participantes entre 2 e 71 anos, o evento demonstrou que não há idade para começar — e que a capoeira, mais do que um esporte ou manifestação cultural, é um caminho de resistência, autoestima e empoderamento.
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Entre os momentos mais marcantes, estiveram a graduação de Dona Onezina Marques, 71, que ingressou na capoeira pela primeira vez, e a conquista de Vítor Gabriel, jovem de 21 anos com síndrome de Down, que recebeu sua corda amarela sob aplausos e emoção do público. Crianças de 2 e 3 anos também participaram do batizado, encantando os presentes e reforçando o papel da capoeira na formação desde a primeira infância.
Programação diversa e descentralizada
Ao longo de dois dias, o público participou de workshops, treinos, rodas abertas e rodas infantis, além de palestras sobre capoeira como atividade terapêutica para crianças com TEA e TDAH. O tradicional Batizado e Troca de Cordas foi o ponto alto da programação, reunindo alunos e mestres em celebrações emocionantes.
As atividades foram realizadas em 3 espaços distintos: Praça Toronto, Espaço Torres (bairro São João Del Rei) e Teatro do Jardim Passaredo — descentralizando a cultura e levando o evento para o coração da comunidade cuiabana.
Mobilização coletiva e voluntariado
De acordo com o Instrutor Tucumã, um dos coordenadores do evento, a realização do festival contou com a mobilização de mais de 50 voluntários coordenados pela Associação Política Jovem (APJ. Eles foram responsáveis por atividades recreativas, dinâmicas educativas, apoio logístico e acolhimento das famílias participantes. A APJ também atuou na articulação institucional do evento, conectando professores, instituições e poder público.
“A presença de crianças de diferentes regiões da cidade promoveu o encontro com o diverso e reforçou a importância do respeito, da empatia e da inclusão como princípios fundamentais na formação cidadã”, observa o instrutor.
Amor, identidade e responsabilidade social
Mais do que uma sigla, o nome AMA Capoeira representa um compromisso afetivo e comunitário. “Ama” é cuidado, é pertencimento, é responsabilidade com o outro. Em Cuiabá, é também sinônimo de resistência cultural e inclusão social.
Capoeira não é apenas jogo — é acolhimento, disciplina, ancestralidade e formação. É um instrumento que transforma vidas, especialmente nos territórios mais vulneráveis.
Uma equipe comprometida com a transformação
O festival foi idealizado e conduzido por uma equipe de educadores sociais e mestres de capoeira, entre eles Professor Spirro, que atua nos bairros Ana Maria e Três Barras, Instrutor Jev, presente em diversos polos da capital; Instrutor Tucumã, responsável pelo Coophamil e Pedra 90; Mestrando Catitu, responsável pela condução técnica do evento; Gleiberson Coquim, coordenador da APJ e articulador institucional.
Produção audiovisual e visibilidade
A cobertura do evento ficou por conta da Rede Afro Brasil, que registrou o festival com imagens aéreas, câmeras de solo e captação de áudio profissional, resultando em um documentário sensível e potente sobre a cultura popular cuiabana.
“O festival mostrou que a capoeira é muito mais que arte ou esporte. É política pública viva, é escola de valores e ponte para o futuro. No entanto, projetos como esse ainda enfrentam escassez de recursos e estrutura”, pontua o Instrutor Tucumã, agradecendo os pais e apoiadores do evento.
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