'ONDA' NA INTERNET 19.09.2023 | 17h05

redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
Jornalista e pesquisadora em comunicação digital, Issaaf Karhawi analisou o formato de lives NPC, sigla em inglês que significa “personagem não jogável”, e classificou os criadores de conteúdo da plataforma Tik Tok que fazem lives no formato, como "marionetes digitais". Sucesso atual tem gerado debates na internet com a forma em que eles se expõem e ganham dinheiro.
Nas lives NPC, os tiktokers, pessoas que criam conteúdos para o Tik Tok, costumam se vestir como personagens de jogos eletrônicos e imitá-los.
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“É comum vermos jovens mulheres falando com voz doce, calma e infantilizada. Numa estética 'robotizada'”. Pesquisadora, é formada em comunicação social com habilitação em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.
A renda das lives vem de internautas que acompanham as "apresentações" e enviam uma espécie de adesivo com determinados valores e o criador deve reproduzir com voz doce a figura enviada.
Issaaf compara as lives com estudos realizados pelas também pesquisadoras Jenna Drenten e Evie Psarras que definem esse formato de produção de conteúdo que faz com que as celebridades ou tiktokers se comportem como "marionetes digitais" para as suas audiências, numa espécie de manipulação paga em que a pessoa é controlada por meios financeiros.
Na tarde desta terça-feira (19), a influenciadora digital de Sorriso (500 km ao norte de Cuiabá) Bruna Piasse, 23, esteve mais uma vez na live NPC. Anteriormente ela tinha conseguido R$ 20 em minutos. Dinheiro é em dólar e convertido para o real. Piasse também é conhecida por interpretar a personagem Wandinha. Piasse tem 53 mil seguidores somente no Tik Tok. Ganho não foi possível de ser contabilizado, pois até o momento que a reportagem acompanhou, o 'ao vivo' não havia sido encerrado.
O formato tem gerado debates na internet. Enquanto influenciadores realizam as lives, internautas criticam o modo de criação de conteúdo e este rende memes.
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