DEU EM A GAZETA 19.10.2025 | 06h54
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A Gazeta
Mounjaro, a famosa "caneta emagrecedora", é comercializado de forma escancarada e ilegal em Cuiabá. O medicamento é de uso controlado, deve ser vendido apenas em farmácias mediante prescrição médica e a caixa com quatro unidades custa entre R$ 1,4 mil e R$ 3,5 mil, dependendo da dosagem. No mercado paralelo, formado por clínicas de estética, salões de beleza, grupos de condomínio e até conversas de bar, o produto é vendido por até metade do preço, sem garantia de procedência, colocando em risco a saúde e a vida de quem procura o emagrecimento rápido, fácil e barato.
Apenas em junho deste ano a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a indicação do Mounjaro para tratamento de controle de peso. A empresa Eli Lilly é a única autorizada a produzir o medicamento e comercializar em território nacional.
A fabricante alertou que não fornece o principio ativo para manipulação, clínicas ou vendas online.
Apesar das restrições, qualquer pessoa consegue acesso ao remédio. Em uma busca online, a equipe do jornal A Gazeta encontra um anúncio que promete "tratamento profissional, perda de peso rápida e segura, sem necessidade de cirurgia bariátrica".
Na troca de mensa-gens, a vendedora informou que quatro doses do Mounjaro custam R$ 1 mil, que não há necessidade de receita médica e que a cliente poderia aplicar sozinha ou em uma clínica estética.
Pouco depois, uma esteticista entrou em contato, sem saber que falava com a reportagem, e perguntou quantos quilos a cliente gostaria de ema-grecer. Ao responder 10 quilos, a mulher ofereceu a tirzepatida em quatro doses de 10 mg, por R$ 1,5 mil. Ao ser contestada sobre o valor anunciado inicialmente, ela afirmou que R$ 1 mil é cobrado pela dose menor, de 2,5 mg. Apesar de questionada, ela não explica a diferença de efeito entre as doses.
A conversa termina com o convite para comparecer à clínica e a promessa de uma avaliação física através de bioimpedância.
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