DEU EM A GAZETA 08.10.2025 | 06h42
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Erlan Aquino/ Prefeitura de Cuiabá
Mato Grosso permanece em estado de alerta devido às baixas taxas de imunização e o retorno de doenças consideradas erradicadas, como o sarampo, que neste ano já tem três casos confirmados e outros 70 casos em investigação. A baixa adesão às vacinas coloca em risco a saúde pública e aumenta o perigo da reintrodução de outras doenças, como a rubéola e a poliomielite, consideradas erradicadas no país.
Das 19 vacinas que são prioridades do nascimento até o 1º ano de vida, em Mato Grosso apenas duas, a BCG e a Hepatite B para menores de um mês, alcançaram a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, com 98,89% e 96,72%, respectivamente. Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde, apontam que um dos destaques negativos é a vacina tríplice viral, responsável por proteger contra sarampo, caxumba e rubéola, que apresenta cobertura de apenas 69% em Mato Grosso, bem abaixo dos 95% preconizados para garantir a imunidade coletiva.
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No caso da poliomielite, a cobertura é de 79,43%. Segundo especialistas, a situação exige atenção urgente das autoridades de saúde. Alertam que a queda nas taxas de vacinação, em especial nos índices referentes à imunização infantil, é motivo de preocupação e pode reverter décadas de avanços conquistados no controle de doenças infecciosas, colocando em riscos principalmente crianças e pessoas imunossuprimidas.
MULTIVACINAÇÃO
O Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Multivacinação para proteção de crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. A ação começou na segunda-feira (6) e segue até 31 de outubro, com Dia D de mobilização marcado para o dia 18 de outubro. Durante a campanha, todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação 2025 estarão disponíveis, incluindo imunizantes contra poliomielite e covid-19, contemplando os esquemas vacinais de crianças e adolescentes.
Infectologista Ana Karla Anunciação destaca que doenças como a poliomielite e o sarampo ainda são endêmicas em outros países, o que reforça a necessidade de manter elevadas coberturas vacinais em todo o território nacional. “Estamos com um alto risco de reintrodução de outras doenças, da mesma forma que ocorreu com o sarampo devido a não alcançarmos as metas dos indicadores, em especial a cobertura vacinal que está abaixo dos níveis mínimos esperados”, alerta.
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