indústria 05.12.2025 | 15h48
Ricardo Stuckert / PR - 04.12.2025
Após o presidente Lula fazer uma declaração nesta quinta-feira (4) a favor do fim da escala 6x1, a Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) emitiu nota manifestando preocupação com as propostas de redução da jornada de trabalho que não estejam acompanhadas com ganho de produtividade.
“Medidas desse tipo, embora aparentemente favoráveis à força de trabalho, ignoram a lógica econômica e colocam em risco a competitividade das empresas, o nível de emprego e o poder de compra das famílias”, diz.
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A Federação afirma que o Brasil enfrenta, há mais de 15 anos, um processo de estagnação econômica. “Enquanto países emergentes como China e Índia ampliaram significativamente seus PIBs em dólar, o Brasil perdeu posição no ranking global – reflexo de juros elevados, baixa modernização tecnológica e carga tributária excessiva”, pontua.
Por isso, para a Fiep reduzir horas trabalhadas sem contrapartidas produtivas aumenta automaticamente o custo do trabalho, reduz margens das empresas, encarece produtos e serviços e desestimula investimentos.
“O efeito final recai sobre toda a sociedade: preços mais altos, menor oferta de empregos formais e menor crescimento econômico”, pondera.
Segundo a Federação, ela é a favor de um debate responsável, técnico e transparente. “O país precisa avançar na direção correta: produtividade, inovação, qualificação profissional, ambiente de negócios favorável e estímulo à atividade econômica – não medidas que podem comprometer justamente o que pretendem proteger”, afirmou.
Entenda
Lula disse ontem durante 6ª Plenária do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável) que com ajuda dos conselheiros talvez fosse possível acelerar o fim da jornada de trabalho 6x1.
A pauta, às vésperas do começo da corrida eleitoral em 2026, também foi defendida pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, durante discurso no evento. Segundo ela, a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 foi o primeiro passo para uma justiça popular.
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