ENDIVIDAMENTO CRESCE 06.07.2025 | 08h44
redacao@gazetadigital.com.br
Marcello Casal Jr/Agência Brasi
Os cuiabanos estão mais responsáveis na hora de adquirir produtos e/ou serviços de forma parcelada, ao passo que estão conseguindo honrar e até quitar essas dívidas. A pesquisa que monitora o endividamento na capital segue crescendo — o que pode ser considerado positivo — e atingiu 85,9% das famílias em junho, alta de 0,4 ponto percentual sobre o mês anterior. Ao mesmo tempo, a inadimplência tem registrado recuo, passando de 18,1% em maio para 17,7% em junho.
O levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), analisado pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), mostrou que a diminuição da inadimplência é ainda maior no comparativo anual. Em junho do ano passado, 45,8 mil famílias estavam inadimplentes, número que caiu para 37 mil no mesmo período deste ano — uma retração de 24,22%.
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Já o número de famílias que consideram que não conseguirão pagar suas dívidas apresentou um leve aumento: de 8.945 em maio para 9.253 em junho.
Tal cenário, para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, pode ser considerado positivo, reforçando o potencial de consumo das famílias não somente na capital, mas em todo o estado. “Com um cenário de aumento no endividamento e queda na inadimplência, o consumo e a concessão de crédito no estado se mostram bastante positivos, já que adquirir contas a prazo e arcar com os pagamentos gera incremento na movimentação econômica”.
Quanto aos principais tipos de dívidas, o cartão de crédito se destaca com 81,3%, seguido dos carnês (24%), financiamento de carro (4,1%) e financiamento de casa (3,8%). Em seguida, aparecem o crédito consignado (1,9%), o crédito pessoal (3,4%) e o cheque especial (0,6%).
Já em relação à quitação das dívidas em atraso, 48,7% acreditam que conseguirão quitar parcialmente no próximo mês, 25,7% acham que quitarão totalmente e 25% acreditam que não conseguirão pagar a dívida em atraso.
Quanto ao tempo de endividamento, 25% dos entrevistados apontaram que estão comprometidos por até três meses, e 25,8%, entre três e seis meses. Entre o total das famílias, 73,1% responderam que têm entre 11% e 50% da renda comprometida com contas a prazo.
Sobre isso, Wenceslau Júnior afirmou que "alguns resultados, como o aumento na quantidade de famílias que acreditam não poder pagar suas dívidas no futuro e um comprometimento de renda de até 50% como predominante, são um pedido por cautela ainda maior na organização financeira da população cuiabana, em especial quando a taxa de juros brasileira está em altos patamares”.
Ainda segundo análise do IPF-MT, a pesquisa é um importante indicador da tendência de consumo das famílias cuiabanas, mas também aponta para a capacidade de pagamento de dívidas, norteando não somente a concessão de crédito, como também o planejamento das empresas locais.
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