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movimento crescente 19.08.2025 | 08h11

Minha Casa, Minha Vida da classe média fica abaixo da expectativa; entenda as novas regras

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A nova Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida, voltada para a classe média, está abaixo da expectativa do governo federal. Segundo a Caixa Econômica Federal, a nova modalidade, lançada em maio, registrou até o momento 8.512 contratos, que equivalem a R$ 2,15 bilhões.

 

A estimativa do governo é beneficiar cerca de 120 mil famílias em 12 meses, em média de 10 mil contratos por mês. No entanto, em três meses, o volume ainda não chegou a 10 mil.

 

Para a Caixa, a contratação da nova modalidade Minha Casa, Minha Vida Classe Média está em um movimento crescente.
A modalidade foi criada para financiar imóveis de até R$ 500 mil, para famílias com renda mensal de R$ 8 mil a R$ 12 mil.

 

O prazo para pagamento é de até 420 meses, com taxa de juros nominal de 10% ao ano, inferiores às praticadas atualmente no mercado com recursos do SBPE.

 

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“Está abaixo da curva esperada. Entretanto, a gente acredita que isso seja em função justamente do tempo de maturação”, afirmou Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, durante coletiva nesta segunda-feira (18), para divulgar os resultados do segundo trimestre do setor imobiliário.

 

Segundo ele, antes de ser lançado, esse público não se enquadrava no Minha Cassa, Minha Vida. Além disso, a classe média é mais sensível à alta da taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano.

 

“Quando foi lançado, o mercado não estava preparado, e o volume de oferta para essa faixa estava reduzido. Prova disso é que a participação do imóvel usado está sendo bem significativa.”

 

O segmento já está trabalhando no desenvolvimento desses produtos. “A gente acredita que, ao longo desses 12 meses, o volume de lançamentos vai aumentar e, consequentemente, o número de vendas também”, acrescentou Duarte.

 

Vendas
As vendas no programa Minha Casa, Minha Vida cresceram 25,8% no primeiro semestre de 2025, alcançando 95.483 unidades. No entanto, houve desaceleração nos lançamentos no segundo trimestre, com queda de 10,1% em relação ao primeiro trimestre.

 

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (18) pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

O programa representou 47% dos lançamentos totais do mercado no segundo trimestre, ante 53% no mesmo período do ano anterior, e 46% das vendas, contra 42% no mesmo período do ano anterior.

 

Outras mudanças
Além da criação da Faixa 4, desde maio, foram promovidos reajustes nos limites de renda das demais faixas:

• Faixa 1: renda familiar até R$ 2.850,00;

• Faixa 2: renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil;

• Faixa 3: renda familiar de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil.

 

O que prevê a Faixa 4
- A taxa de juros para a nova faixa será de 10% ao ano
- O limite do imóvel para financiamento é de até R$ 500 mil
- Número de parcelas vai a até 420 meses
- A cota de financiamento para imóveis novos é de 80%
- Para imóveis usados, esse percentual é de 60% nas regiões Sul e Sudeste e de 80% para as demais localidades
- Inclusão de 120 mil famílias


Modalidades
- Aquisição de unidade habitacional;
- Construção de unidade habitacional e
- Aquisição de Terreno e Construção de unidade habitacional.


Como contratar
- Confira como fazer
As famílias com renda mensal até R$ 12.000,00 podem contratar de forma individual ou por meio de construtora, ou ainda por uma entidade organizadora se unidade vinculada a um empreendimento financiado pela Caixa. É só fazer a simulação para saber quanto poderá investir e entregar a documentação em um Correspondente Caixa Aqui ou na agência Caixa.

 

- Avaliação do cadastro
No atendimento na agência ou no Correspondente Caixa Aqui, o banco recebe e analisa a sua documentação e a documentação do imóvel que você escolheu e mostra para você as melhores condições para o financiamento.

 

- Assinatura do contrato
Após a validação e aprovação do cadastro e documentação, o contrato de financiamento é assinado.

 

- Informações
Para Thiago Ely, diretor-executivo comercial e de marketing da MRV, a informação é essencial para orientar os consumidores.

“Muitas pessoas adiam ou até desistem do sonho da casa própria por falta de informação sobre como funciona o processo de compra e financiamento de um imóvel pelo programa habitacional do governo”, afirma.

 

Por isso, ele responde a cinco dúvidas comuns sobre o programa Minha Casa, Minha Vida. Veja a seguir:

 

1. Quem pode participar do Minha Casa, Minha Vida hoje?
O programa agora contempla famílias com renda de aproximadamente R$ 2 mil até R$ 12 mil por mês. Uma das principais mudanças é que essa renda pode ser composta entre mais de uma pessoa — como casais, pais e filhos ou até irmãos. Isso amplia significativamente as chances de aprovação no financiamento.

 

2. Autônomos e informais podem financiar também?
Sim. Pessoas sem carteira assinada também podem participar. O programa aceita declaração de Imposto de Renda e extratos bancários como comprovação de renda, facilitando o acesso para trabalhadores autônomos, informais e freelancers.

 

3. Como o FGTS pode ajudar a conquistar o imóvel?
O uso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é um dos grandes aliados na compra do primeiro imóvel. Para quem tem carteira assinada, o empregador deposita mensalmente 8% do salário em uma conta vinculada ao FGTS, e esse valor pode ser utilizado para dar entrada ou abater parcelas do financiamento do imóvel. Isso permite reduzir o valor financiado ou as prestações mensais, tornando o financiamento mais leve e acessível.

 

4. É verdade que as parcelas são menores que o aluguel?
Sim. Um dos principais atrativos do Minha Casa, Minha Vida são os juros reduzidos: a partir de 4% ao ano, enquanto a média de mercado supera os 12%. Com isso, as parcelas costumam ser menores que o valor do aluguel em muitos casos — e, ao fim, o imóvel é seu. É economia mensal e construção de patrimônio ao mesmo tempo.

 

5. Preciso ter muito dinheiro guardado para dar entrada?
Não. Um dos mitos mais comuns é o de que é necessário ter uma grande quantia inicial para começar. Com o uso do FGTS, o apoio de subsídios nacionais, bem como de programas estaduais (onde estão disponíveis) e boas condições de negociação, muitos brasileiros estão conseguindo comprar com entradas ajustadas à realidade do orçamento.

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