Montana abre primeira filial comercial do Brasil

Apesar de já estar funcionando desde o início de novembro, a Montana Indústria de Máquinas inaugura hoje, oficialmente, a sua unidade comercial em Rondonópolis, a 198 quilômetros de Cuiabá. A filial da Montana em Mato Grosso é a primeira da empresa paranaense no Brasil e deverá representar, somente com a reposição de peças para Rondonópolis e região, cerca de 25% de todo o faturamento anual da empresa, que está em torno de R$ 200 milhões. No geral, somando-se vendas de máquinas e peças de reposição, o faturamento de Rondonópolis e região é equivalente a 14% do total da empresa.

Hoje a Montana tem uma filial na Argentina e está prestes a abrir outra na Austrália. Na unidade de Rondonópolis foram investidos cerca de R$ 3 milhões, incluindo as máquinas. Mas a geração de empregos diretos não será tão grande (somente 15) porque a unidade não é fabril, apenas comercial. Empregos indiretos, a empresa calcula que se aproximem de 100 postos de trabalho. A Montana é uma das principais fabricantes de pulverizadores do país, com matriz no município de São José dos Pinhais, região de Curitiba (PR).

A gerente de marketing da Montana, Édla Pavan, destaca dois objetivos básicos da instalação da unidade da empresa em Rondonópolis. Um deles é atender à distribuição de peças de reposição para seus revendedores. Outra é oferecer treinamento a mecânicos, operadores de máquinas e mecânicos de revendas. Ou seja, a idéia é agilizar o atendimento pós-venda.

Rondonópolis foi a cidade escolhida para instalação da primeira filial brasileira da Montana porque além de estar em um Estado agrícola, está na região Centro-Oeste, onde estão concentrados os maiores clientes da empresa. Mas a filial vai atender também Minas Gerais e o Sul da Bahia. Se for considerado todo esse mercado, a Montana de Rondonópolis, só com a reposição de peças, deverá representar cerca de 60% do faturamento total da empresa por ano.

Conforme o presidente da Montana, Gilberto Junqueira Zancopé, o mercado de pulverizadores andou muito aquecido nos últimos dois anos, "principalmente devido ao surgimento de novas doenças como a ferrugem asiática". Também houve, segundo ele, muita procura por equipamentos de alta tecnologia, capazes de atender com eficiência plantações em grandes áreas.