29.06.2011 | 03h00
Um dos conceitos mais conhecidos sobre o ato de poupar é "sacrificar o consumo no presente para fazer um melhor proveito no futuro". Gosto desse significado, mas acho que o ato de poupar é muito mais do que isso, assim como a grandeza de sua importância. Poupar significa valorizar, reservar, pensar no futuro. Poupar cria boas expectativas, gera sensação de segurança, alimenta a sensação de independência, dá mais sentido à palavra liberdade. Poupar significa investir no próprio bem-estar. Poupar abre portas para a prosperidade. É como semear para poder colher sempre. Quem poupa demonstra que não se contenta com pouco. Que sabe o que quer e corre atrás. Poupar é muito mais do que apenas deixar de gastar, de usar ou de tirar proveito imediato de alguma coisa. Poupar é um ato de supremacia sobre as tentações do consumo. Poupar é uma atitude de inteligência que costuma ser recompensada por boas oportunidades de melhor aproveitamento.
Excluídos os excessos, não restam males sobre o ato de poupar. Se focarmos nas questões relacionadas ao dinheiro, então, assim que satisfeitas as necessidades básicas, inclusive as de lazer e prazer, que não deveriam ser adiadas, deveríamos focar na formação de poupança, inclusive pensando no consumo. Mas, se é para gastar, que seja da melhor forma. Se é para consumir, que seja consumo consciente e responsável. Se é para viver melhor, que seja para a vida inteira.
O ato de poupar deveria ser um hábito. Viver e gastar no presente, mas mantendo presente o porvir, prevenindo-se. Os ciclos humanos são relativamente previsíveis, e é preciso aproveitar as fases de maior produtividade e de menos necessidades para formar colchões de liquidez, reservas para o futuro e fontes de rendas passivas. A maioria das histórias de prosperidade foi baseada na formação de poupança e as de bancarrota na falta dela. Sem contar que a vacina para prevenir endividamento se chama poupança.
Não é preciso grandes sacrifícios, mas sim perseverança. Quanto mais bem aproveitado for o tempo, menor pode ser a parcela de poupança ao longo da vida. O poder dos juros compostos fica cada vez mais evidente quando se pensa no longo prazo, potencializando os valores poupados. Quem se propõe a poupar apenas o que sobra geralmente não poupa nada, pois raramente sobra. Quem poupa pensando o quanto acha que merece geralmente o faz em dimensões compatíveis com o tamanho de seus sonhos.
E você, como quer escrever sua história? Um curta-metragem cheio de emoções ou um longa com boas perspectivas de prosperidade?
Álvaro Modernell é especialista em educação financeira, palestrante, autor de vários livros, projetos, cartilhas e artigos sobre educação financeira. E-mail: contato@maisativos.com.br
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