DEU EM A GAZETA 15.09.2025 | 06h47
silvana@gazetdigital.com.br
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Terras Raras são alvo de 27 pedidos e autorizações para pesquisa mineral em Mato Grosso. Seis empresas - sendo duas com participação de investidores australianos - e 4 pessoas físicas apresentaram junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) requerimentos para identificar e explorar no estado essa substância mineral composta por 17 elementos químicos.
Segundo a agência reguladora, as áreas visadas estão localizadas em 10 municípios: Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Itiquira, Alto Garças, Guiratinga, Rosário Oeste, Cocalinho, Santa Terezinha, Guarantã do Norte e Colniza. Presentes em turbinas eólicas, carros elétricos, celulares, satélites, equipamentos médicos e até em catalisadores de petróleo e automóveis, esses minerais são considerados essenciais para descarbonização da matriz energética e segurança tecnológica de diversas nações.
Apesar do nome, as Terras Raras não são escassas, mas seus minérios difíceis de extrair, já que aparecem em baixas concentrações e raramente em depósitos economicamente viáveis, explica o especialista em Recursos Minerais da ANM, Mathias Heider. Atualmente a China concentra quase toda a produção mundial, sobretudo no refino e na fabricação de superímãs, o que torna o mercado altamente dependente de um único fornecedor. Mas, o Brasil tem condições de mudar esse cenário, avalia Heider.
“Com o surgimento das potencialidades de Terras Raras nas argilas iônicas, o país tem tudo para conquistar protagonismo mundial, associado às questões geopolíticas da disputa entre China e Estados Unidos (EUA)”, afirma.
Para avançar, no entanto, será preciso ampliar investimentos em pesquisa geológica, desenvolvimento de tecnologias de extração e reaproveitamento de rejeitos, além de consolidar uma política nacional para minerais críticos e indispensáveis. A ANM destaca que o licenciamento ambiental e a avaliação técnica (RFPs) são etapas básicas para viabilizar novos projetos, o que ainda não ocorre em estados como Mato Grosso. As Terras Raras são essenciais por seu valor econômico, impacto na geração de empregos e pela possibilidade de adensar a cadeia produtiva brasileira, indo além da exportação de minérios, pondera o representante da ANM.
“O Brasil tem uma janela de oportunidade para desenvolver uma indústria robusta, dominando desde a mineração até a produção de ligas e componentes de alta tecnologia”, reforça.
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