Publicidade

Cuiabá, Sexta-feira 03/10/2025

Economia - A | + A

alta nos preços 14.07.2021 | 10h50

Pobres sentiram quase o dobro de inflação que os mais ricos em junho, afirma Ipea

Facebook Print google plus

Marcello Casal Jr/ABr

Marcello Casal Jr/ABr

A alta nos preços de bens e serviços monitorados pelo governo, como a energia elétrica e o gás, foi o principal fator de pressão para que a inflação dos brasileiros mais pobres encerrasse o mês de junho quase duas vezes maior que a dos mais ricos, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

 

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou uma desaceleração da pressão inflacionária na passagem de maio para junho em todas as faixas de renda. No entanto, a pressão de custos ainda foi maior entre as famílias mais pobres, com renda domiciliar inferior a R$ 1.650,50: a variação dos preços passou de alta de 0,92% em maio para elevação de 0,62% em junho.

 

Leia também - Caminhão elétrico da Volkswagen chega às concessionárias brasileiras

 

Entre as famílias de renda mais alta, que recebem mais de R$ 16.509,66 mensais, a inflação saiu de 0,49% em maio para 0,36% em junho. Entre os de renda média alta, com rendimento domiciliar mensal entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66, a inflação desacelerou de 0,75% para 0,44% no período.

 

O Œndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, encerrou o mês de junho com avanço de 0,53%, ante uma elevação de 0,83% em maio.

 

Em junho, a maior pressão sobre a inflação partiu dos gastos com habitação. A energia elétrica subiu 1,95%, devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2 e ao reajuste tarifário em Curitiba.

 

‘As variações do gás de botijão e do gás encanado, por sua vez, seguem impactadas pela alta dos preços internacionais e já acumulam variações de 16% e 14,2% no ano, respectivamente‘, ressaltou a nota do Ipea.

 

O aumento de 1,10% nos gastos com habitação em junho respondeu por 40% da inflação percebida pelas famílias mais pobres, um impacto de 0,24 ponto porcentual. O encarecimento de 0,43% dos alimentos e bebidas contribuiu com mais 0,12 ponto porcentual.

 

‘Para as famílias de renda mais baixa, observa-se que, mesmo diante da deflação apresentada em itens importantes - como cereais (-0,73%), tubérculos (-11,2%) e frutas (-2,7%) -, as altas das carnes (1,3%), das aves e ovos (1,6%) e dos leites e derivados (2,2%) fizeram com que o grupo alimentação e bebidas se constituísse sendo o segundo maior foco de pressão inflacionária. A inflação das classes de renda mais altas foi impactada pelos grupos transportes - cujas quedas das passagens aéreas (-5,6%) e dos transportes por aplicativo (-0,95%) não anularam os aumentos da gasolina (0,7%) e do etanol (2,1%) - e saúde e cuidados pessoais, repercutindo os reajustes dos planos de saúde (0,67%)‘, apontou a técnica do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura divulgada nesta quarta-feira, 14.

 

A inflação acumulada em 12 meses até junho foi de 9,24% para as famílias mais pobres, patamar bem acima dos 6,45% observados no segmento mais rico da população.

 

O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.650,50 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 16.509,66, no caso da renda mais alta.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Pesquisa recente mostrou que 77% dos brasileiros afirmam que o endividamento afeta sua saúde mental. Como você se sente diante das contas.

Parcial

Publicidade

Edição digital

Sexta-feira, 03/10/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.