DEU EM A GAZETA 11.12.2025 | 06h59

silvana@gazetdigital.com.br
Procon-MT
Passageiros embarcados em aeroportos de Mato Grosso pagam, em média, 15,16% a mais que usuários do restante do país, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Enquanto a tarifa aérea real média no Brasil, corrigida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de R$ 630,33 em outubro de 2025, no mesmo período a média registrada no estado alcançou R$ 725,90, uma diferença de quase R$ 100 por bilhete.
O indicador reforça a tendência histórica de preços mais altos nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde fatores como menor oferta de voos, grandes distâncias e custos operacionais mais elevados influenciam diretamente a formação das tarifas. No comparativo entre as empresas, a média nacional em outubro foi de R$ 720,36, considerando as 3 maiores companhias, sendo Azul, GOL e Latam. Em Mato Grosso, as tarifas médias por empresa se mantiveram superiores, cotadas a R$ 807,26 com a Azul, a R$ 858,40 com a GOL e a R$ 884,07 com a Latam, conforme o painel tarifário da Anac.
O levantamento também aponta que o indicador que relaciona a receita ao quilômetro voado (yiedl real) foi de R$ 0,4975 por quilômetro no Brasil e R$ 0,5154/km em Mato Grosso, reforçando o custo maior para quem voa no estado. Outro dado que chama atenção é a proporção de assentos vendidos por até R$ 500, que alcançam 51,9% no país, contra apenas 44% em Mato Grosso,evidenciando menor oferta de tarifas promocionais na região.
Segundo a Anac, oscilações são naturais do mercado, a precificação é livre desde 2001 e que competição, demanda, infraestrutura disponível e custos operacionais, incluindo o preço do querosene de aviação (QAV), são determinantes para a variação entre estados. Apesar do alto custo das passagens aéreas em Mato Grosso, passageiros relatam transtornos como atrasos prolongados e cancelamentos de voos.
O empresário Gustavo Oliveira enfrentou problemas para chegar a Cuiabá em um voo de retorno do Rio Grande do Sul (RS). Ele viajava com a família e deveria desembarcar na tarde de terça-feira (9), mas só chegou às 3h da madrugada de quarta (10), após mudanças de conexão e cancelamentos, além de ter as malas danificadas. O empresário criticou o descaso da companhia áerea e orientou outros passageiros a exigirem documentos que comprovem atrasos, citando a Resolução 400 da Anac.
A empresária Camila Zanotto Surian Marchiore, 45, também sofreu prejuízos após seu voo ser alterado horas antes do embarque. A mudança faria com que ela, o marido e os dois filhos chegassem ao destino apenas na noite do dia 12, impossibilitando a participação em um encontro empresarial em Barra de São Miguel (AL). Sem vagas em outras opções de voo, a família ficou sem condições de viajar, acumulando gastos com reservas pagas e risco de perder toda a programação planejada ao longo do ano.
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