Lúdio despreza Fávaro diz que Lula não teve coordenador de campanha em MT

Deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve um coordenador de campanha em Mato Grosso durante a disputa à Presidência da República no 1º turno.

Embora o senador Carlos Fávaro (PSD) tenha sido escolhido para líderar o projeto de Lula no Estado, principalmente diante do agronegócio, o parlamentar afirmou que o nome de petista foi “impulsionado” apenas pelos candidatos que disputaram aos cargos proporcionais de deputado estadual e federal pela Federação Partidária Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B).

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“Precisamos construir uma coordenação estadual para o presidente Lula que na prática não existiu. Quem fez campanha para Lula no primeiro turno foram os candidatos proporcionais a deputado estadual e federal dos partidos esquerda”, disse.

Em entrevista à imprensa, Lúdio ainda firmou que a deputada federal Rosa Neide (PT) é quem deveria liderar o projeto político de Lula em Mato Grosso diante das movimentações para o 2º turno, onde o petista concorre contra o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Conforme noticiou o , partidos de esquerda buscam ampliar o número de votos em 10% em relação ao primeiro turno da disputa, quando o Bolsonaro alcançou 59,84% dos votos válidos, contra 34,39% de Lula.

“Na minha opinião a deputada Rosa Neide tem que, imediatamente, assumir a coordenação estadual da campanha para que a gente possa mobilizar o Estado todo”, finalizou.

Erro estratégico
Ao comentar sobre as conjunturas políticas para as eleições de 2022, Lúdio ainda pontuou que o grupo errou ao lançar o nome da primeira-dama, Márcia Pinheiro (PV), na disputa ao Paiaguás ao invés de alguma liderança do PT. A esposa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) acabou saindo derrotada ao lado do deputado federal Neri Geller (PP), que era o candidato ao Senado e acabou tendo seu registro cassado para disputar o pleito.

“Nós erramos na aliança majoritária, na escolha da candidatura ao governo, ao Senado. Respeito todos os quadros políticos, mas nós precisamos fazer a leitura política da realidade. Nós chegamos a não ter candidato ao Senado no dia da eleição por conta da cassação do deputado federal Neri Geller”, finalizou.