PT acusa Mauro Mendes de 'ensinar' criação de fake news

Presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, deputado Valdir Barranco afirmou que acionará o jurídico nacional do PT para processar o governador Mauro Mendes (União), que apoia a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Motivo da denúncia, conforme explicou o parlamentar na manhã desta quarta-feira (26), se deve ao fato de que o governador supostamente "tem ensinado" pastores a criarem fake news contra a candidatura do presidente Lula (PT).

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Aos presentes do encontro pró-Lula, Barranco afirmou que o governador tem "dado aula" a pastores de como produzir as notícias falsas durante reuniões neste segundo turno da disputa pela presidência.

"Ele [Mendes] até diz, 'o vídeo tem 30 segundos, vamos fazer mais 30 segundos de que ele é contra a família, contra isso e contra os princípios'. Então, é crime e nós já acionamos o jurídico do presidente Lula para que ele possa acionar juridicamente o governador Mauro Mendes na Justiça por esse crime escancarado", disse Barranco.

Deputado afirmou que a suposta prática de Mendes tem se tornado frequente e que há, inclusive, vídeos em circulação do governador realizando o ato. Ao comentar sobre o episódio, o parlamentar afirmou que o chefe do Palácio Paiaguás "não tem vergonha na cara".

Tom de críticas continuou acentuado por parte do deputado ao falar que o governador se sentiria "dono do voto dos mato-grossenses", que na disputa do primeiro turno deram ampla vantagem a Bolsonaro sobre Lula na disputa.

Por fim, Barranco relembrou decisão recente da Justiça que impediu a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) de assediar os funcionários públicos a participarem de eventos pró-Bolsonaro.

"É para o governador aprender que ele não manda no povo de Mato Grosso. Assédio, como ele está fazendo na Seduc, que ontem o Ministério Público do Trabalho já conseguiu uma liminar da Justiça proibindo assédio eleitoral. Inclusive de obrigar em grupo de Whatsapp os servidores públicos a votarem no Bolsonaro. Isso é crime", reiterou.