Veja goleiros que fizeram história no futebol de Mato Grosso

No mundo do futebol, o dia 26 de abril é marcado pelo Dia do Goleiro, posição essa responsável por tentar impedir o que de há mais bonito no esporte, o gol. Embaixo das redes, o arqueiro pode ir de herói à vilão em centésimos de segundo em uma partida.

Assim como no cotidiano, a vida de um guarda-redes atrevessa por altos e baixos ao longo da carreira. Muita das vezes, o mesmo goleiro que defende três pênaltis e leva o time para uma classificação histórica, pode na partida seguinte falhar e entregar o jogo para o adversário.

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História
A ideia da data comemorativa é fruto da criação do tenente Raul Carlesso e do capitão Reginaldo Pontes Bielinsk em 1975, ambos são professores da Escola de Educação Física do Rio de Janeiro. O Dia do Goleiro é uma homenagem a um grande atleta da posição e da história do futebol brasileiro: Haílton Corrêa de Arruda, popularmente conhecido como “Manga”, que também faz aniversário no dia 26 de Abril.

O arqueiro teve passagens marcantes pelo Botafogo, os dois gigantes do Sul - Grêmio e Internacional e chegou até defender a Seleção Brasileira.

No estado, grandes goleiros já representaram muito bem o esporte. Pensando nisso, o criou uma lista com grandes nomes da posição que já defenderam as cores dos clubes de Mato Grosso.

Mão de Onça
O Cearense João Ferreira Ramos, mais conhecido no mundo do futebol como “Mão de Onça”, é considerado um dos maiores futebolistas da história de Mato Grosso. O ex-goleiro defendeu as cores do Dom Bosco em 1978, Mixto em 1982 e do Operário de Várzea Grande entre 1983 e 1984. O ex-jogador faleceu no dia 24 de maio de 2017, após sofrer um infarto fulminante, na Capital.

Acervo Pessoal

 Mão de Onça

Carlos Pedra
Carlos Pedra Filho nasceu na cidade de Raúl Soares, em Minas Gerais, no ano de 1931. Pedra foi um goleiro com muita rodagem no futebol brasileiro e atuou em times como, Caldense-MG, América Mineiro-MG e Paulista de Jundiaí-SP. Quis o destino que o ex-goleiro encerrasse a carreira no Operário de Várzea Grande aos 46 anos na década de 70. Após se aposentar, Carlos Pedra trabalhou como treinador de goleiros no mesmo Operário, assim revelando novos e excelentes arqueiros para o clube. Carlos faleceu em 2017, aos 86 anos após um agravemento de um quadro de pneumonia.

Reprodução

 Carlos Pedra

Julio César Pacú
Julio César, mais conhecido como "Pacú", começou a carreira no Operário de Várzea Grande e teve passagens em times do Sul como o Londrina-PR e Chapecoense-SC. O ex-goleiro encerrou a carreira no Cuiabá Esporte Clube no ano de 2005. Após deixar as traves, Pacú iniciou a carreira de treinador de goleiros, auxiliando várias equipes do estado como Operário de Várzea Grande e Mixto. Atualmente Pacú trabalha como preparador de goleiros no clube Dom Bosco

Reprodução

 Julio César Pacú

Elzio Saldanha 

O cuiabano Elzio Saldanha nasceu em 1946 e também está na lista dos maiores goleiros da história do futebol mato-grossense. Saldanha participou dos anos dourados do Operário de Várzea Grande na década de 60, conquistando títulos expressivos como o Campeonato Cuiabano e o Torneio dos Campeões, ambos em 1964. o ex-arqueiro também faturou o Campeonato de Profisisonais com o CEOV em 1967. Na temporada seguinte, Saldanha foi para o Dom Bosco, aonde foi campeão do Campeonato Cuiabano de 1971. No Azulão da Colina, o ex-goleiro permaneceu até 1976, quando foi contratado pelo União de Rondonópolis, onde pendurou as luvas no ano de 1979. Após deixar os gramados, Saldanha foi fiscal da Secretaria de Fazenda do Estado. O ex-goleiro faleceu em dezembro de 2014. 

Arquivo Pessoal

 Elzio Saldanha

Ernandes Pantaneiro

Ernandes Oliveira de Queiroz, mais conhecido como "Ernandes Pantaneiro", brilhou embaixo das redes no futebol mato-grossense. Ao longo da carreira, Pantaneiro defendeu 7 clubes do estado: Operário de Várzea Grande (1996, 2006, 2009), Mixto Esporte Clube (1997), Vila Aurora (1998), Barra Esporte Clube (1999), Grêmio Jaciara (2007), Cuiabá Esporte Clube (2008, 2009), Sorriso Esporte Clube (2010). Após se aposentar em 2011, o ex-goleiro continuou no esporte e passou a trabalhar como preparador de goleiros, auxiliando equipes como Brasil Central. Mato Grosso EC e Cuiabá. Especialmente no Dourado, Ernandes trabalhou no clube durante 7 anos entre 2013 a 2020. 

Assessoria/Cuiabá Esporte Clube

 Ernandes Pantaneiro

Héverton Perereca
Heverton Santos de Oliveira, mais conhecido como Perereca, foi um dos grandes goleiros do estado entre 2005 e 2018. Além do Mixto, onde estreou como profissional em 1997, o ex-goleiro também atuou em mais 9 clubes do estado. Luverdense (2005), Cacerense (2007), União de Rondonópolis (2008), Operário-MT (2009), Cuiabá EC (2003 e 2010), Mixto (1997,1998, 2005, 2011 e 2012), Mato Grosso EC (2013), Dom Bosco (2014) Operário de Várzea Grande (2013, 2015, 2016, 2018), Juara (2018). Com 43 anos e aposentado do futebol profissional, atualmente Perereca disputa diversos campeonatos de futebol amador da baixada cuiabana.

Reprodução

Heverton Perereca

Rogério Ceni
É impossível falar de goleiros no futebol mato-grossense e não citar um dos maiores do Brasil e do mundo na posição. O paranaense Rogério Ceni foi revelado pelo Sinop Futebol Clube, time do norte do estado de Mato Grosso em 1990, onde disputou o Estadual daquele ano. Após o Sinop, Rogério foi contratado pelo São Paulo e de lá nunca mais saiu. Foram 25 anos ininterruptos vestindo a camisa do Tricolor do Morumbi, sendo o jogador que mais jogou por um clube na história do futebol. Ceni também tem o recorde de maior goleiro artilheiro da história do esporte com incríveis 131 gols. O ex-goleiro coleciona troféus pelo clube paulista, mas os maiores deles foram a Libertadores e o Mundial de Clubes em 2005, além de um tri-campeonato brasileiro (2006, 2007 e 2008). Após a aposentadoria como profissional, o ex-goleiro ingressou na carreira de treinador e comandou o próprio São Paulo, Cruzeiro e Fortaleza. Atualmente Ceni treina a equipe do Flamengo, aonde foi campeão brasileiro na última temporada, assim entrando em um grupo seleto de pessoas que conseguiram o feito de conquistar o título tanto como jogador, quanto como treinador.

Otmar de Oliveira

 Rogério Ceni

No futebol, a posição do goleiro é completamente diferente se compararmos aos jogadores de linha. Ele treina separado do resto do elenco, o treinamento dele é muito diferente e tem uma uma equipe por trás que dá suporte. Ele se veste diferente do resto do plantel, os números são diferentes, ora com a 1, ora com a 12. Dos 11 jogadores, ele é o único que pode colocar as mãos na bola. Ele tem uma visão privilegiada da partida, podendo ver cada palmo do gramado. O goleiro tem uma missão única e especial, evitar o gol do adversário, para que no fim, ele e os companheiros de time possam sorrir.