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Cuiabá, Quarta-feira 17/12/2025

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TORNOZELEIRA REATIVADA 17.12.2025 | 07h16

Após conflitos, júri de policial civil que matou PM é adiado para maio de 2026

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TJMT

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A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da Vara do Tribunal do Júri de Cuiabá, rejeitou a exceção de suspeição apresentada pela defesa de Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves, acusado em processo criminal que tramita na capital. A magistrada também determinou o adiamento do julgamento, remarcado para maio de 2026, e reativou a tornozeleira eletrônica do réu, que estava desativada há cerca de 6 meses.

 

A defesa alegava que a juíza teria demonstrado “protagonismo judicial exacerbado”, violado a “paridade de armas” e “desprestigiado a advocacia” durante a sessão de julgamento iniciada na segunda-feira (15) e dissolvida no dia seguinte, conforme já divulgado pelo

 

Também acusou o juízo de omissão diante de supostas ofensas do Ministério Público e de não registrar questões de ordem na ata do júri. No pedido, os advogados solicitaram o afastamento da magistrada da presidência do caso, ou, de forma subsidiária, o envio dos autos à instância superior com efeito suspensivo.

 

Ao rejeitar a exceção, a juíza afirmou que não há qualquer indício de parcialidade e que suas intervenções durante o julgamento “consistiram no exercício regular da direção dos trabalhos”, conforme previsto no artigo 497 do Código de Processo Penal (CPP). “As perguntas complementares feitas pelo juízo tiveram exclusiva finalidade de elucidação, jamais de favorecimento à acusação”, destacou a magistrada na decisão.

 

Ela também ressaltou que o Conselho de Sentença que participou da sessão dissolvida não mais julgará o caso, o que, segundo a juíza, elimina qualquer risco de contaminação do novo júri. “O novo conselho será composto por jurados diferentes, que não presenciaram os fatos mencionados pela defesa”, escreveu.

 

A magistrada citou ainda jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reforçar que a suspeição de um juiz não pode ser reconhecida apenas por divergências quanto à condução processual. “Não há como concluir que uma postura mais firme do magistrado seja capaz de influenciar a opinião dos jurados”, registrou, citando decisão da ministra Laurita Vaz (HC 682181/RJ).

 

Novo júri

O Ministério Público havia solicitado a redesignação do julgamento, alegando a juntada de novos documentos ao processo e pedindo prazo para que a defesa pudesse ter acesso ao material. A juíza concordou, destacando que a alteração da data é necessária para garantir o contraditório e a ampla defesa.

 

A nova sessão do Tribunal do Júri foi marcada para o dia 12 de maio de 2026, às 9h, em Cuiabá. Todas as partes deverão ser devidamente intimadas.

 

Tornozeleira eletrônica será reinstalada

A decisão também determina a reativação do monitoramento eletrônico de Mário Wilson, medida cautelar que estava suspensa desde junho deste ano. Segundo o processo, o equipamento se soltou da perna do acusado e não foi recolocado.

A magistrada ordenou que o réu compareça em até 48 horas à Central de Monitoramento para reinstalação da tornozeleira, sob pena de revogação das medidas cautelares e decretação de prisão preventiva.

 

Além disso, a juíza reiterou as demais condições impostas ao acusado, como proibição de contato com testemunhas, suspensão do porte de arma, recolhimento noturno e comunicação prévia de mudança de endereço.

 

Crime

O policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Junior e seu amigo, o policial militar Thiago Ruiz, chegaram juntos à conveniência de um posto de combustíveis de Cuiabá durante a madrugada. Mário chegou depois e foi apresentado a Thiago. Pelas câmeras de segurança, foi possível ver suspeito e vítima conversando até que o PM mostra sua arma na cintura, e, neste momento, o policial civil toma o revólver.

Eles começam a discutir até que partem para a agressão. Em determinado momento, eles caem ao chão, e Mário então atira em Thiago. Ele teria desconfiado que Thiago não era PM e, por isso, decidiu tomar a arma.

Mário se apresentou à polícia menos de 24 horas após ter cometido o crime. Em seu depoimento, não soube explicar por que tomou a arma do PM, contudo, justificou que atirou por temer que a vítima o matasse durante o desentendimento.

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