AGUARDA UMA VAGA 26.09.2025 | 17h30
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
O juiz substituto Pedro Flory Diniz Nogueira da Vara Única de Juscimeira (157 km ao sul de Cuiabá) converteu a prisão preventiva em internação provisória de Igor Henrique Bernardes Pires, para que seja submetido a tratamento médico com internação psiquiátrica especializada. Denunciado pelo feminicídio da namorada Alice Ribeiro da Silva, assassinada a golpes de canivete por ele na frente dos filhos, em março de 2023, Igor foi considerado inimputável.
Conforme o magistrado, o réu deverá permanecer preso até o surgimento de uma vaga para sua internação. “Oficie-se a Secretária Estadual de Saúde, bem como qualquer outro órgão que for necessário, a fim de que seja disponibilizada a vaga para internação provisória ao acusado, no Hospital Adauto Botelho ou em outro estabelecimento similar. Com o surgimento da referida vaga, expeça-se mandado de internação provisório, devendo o acusado ser encaminhado imediatamente ao estabelecimento médico”, determinou.
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Segundo os autos, durante o processo foi instaurado incidente de insanidade mental, suspendendo a ação penal. Foram realizados os procedimentos, incluindo a realização de perícia médica e estudo psicossocial com o acusado e sua família.
O laudo pericial concluiu que o periciado é portador de perturbação da saúde mental, com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas e dependência química, apresentando-se “totalmente capaz de entender o caráter ilícito de seus atos, porém incapaz de se autodeterminar de acordo com esse entendimento”, diz trecho.
“Do estudo psicossocial realizado com a família, extraiu-se a informação de que o acusado necessita com urgência de tratamento em clínica de reabilitação especializada para seu adequado acompanhamento, tendo a genitora manifestado que não se sente segura em residir com o filho, mas que está disposta a auxiliá-lo em seu tratamento e reabilitação”, cita.
Desse modo, foi avaliado que sua permanência em presídio comum é “inadequada”, vez que as condições não são favoráveis a seu tratamento.
O caso
Alice Ribeiro da Silva, 32, foi assassinada pelo ex-companheiro Igor Henrique Bernardes Pires, em 3 de março de 2023, na cidade de Juscimeira (157 km ao sul). Ela foi morta com diversos golpes de canivete por ele na casa onde vivia, na qual também estavam seus 3 filhos e uma amiga, que retirou as crianças de casa com medo que Igor também violentasse os menores. O crime teria ocorrido após Igor se irritar pelo fato de a filha que teve com a vítima fazer uma chamada de vídeo para a avó, mãe do réu.
Ele foi até a casa da vítima para tirar satisfações após discutir com a mãe. Ao chegar no local, Alice estava servindo almoço para a amiga e as crianças e chegou a oferecer alimento a ele. Eles foram para outro cômodo e em seguida a amiga ouviu a mulher pedir socorro e ao correr para ajudá-la a encontrou caída no chão, com ferimentos no pescoço e perdendo muito sangue.
O suspeito foi localizado momentos depois e, ao prestar depoimento para a polícia, alegou que teve uma filha com a mulher sendo vítima de um "golpe da barriga".
A defesa de Igor requereu teste de sanidade com a informação de que Igor teria esquizofrenia, assim como transtornos mentais e comportamentais resultantes do uso de múltiplas drogas. Em novembro de 2024, o juiz Alcindo Peres da Rosa, da Vara Única de Juscimeira, julgou procedente o incidente de insanidade mental e tornou Igor inimputável pelo feminicídio. Ele permanece preso preventivamente.
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