OPERAÇÃO RAGNATELA 06.11.2024 | 13h59
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Em decisão publicada no Diário de Justiça desta quarta-feira (6), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão de Elzyo Jardel Xavier Pires, ex-servidor da Câmara Municipal acusado de participar do esquema de lavagem de dinheiro para o Comando Vermelho por meio de shows em casas noturnas na capital. O magistrado considerou o risco à ordem pública e de reincidência criminosa.
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Elzyo Jardel Xavier foi alvo da Operação Ragnatela, que desmantelou o esquema. Conforme as investigações, Elzyo seria uma peça importante. Ele recebia valores para a realização de eventos e, assim como Rodrigo Leal, outro investigado, era servidor da Câmara. Jardel ainda atuava repassando valores para parlamentares. Foi Elzyo quem cogitou procurar um deputado estadual para afastar uma promotora de Justiça que estava atrapalhando a realização dos eventos.
A defesa dele entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva, buscando a extensão do benefício já que outros réus, como o próprio Rodrigo, obtiveram a aplicação de medidas cautelares. Também apontou a ausência de contemporaneidade para a manutenção da prisão.
Ao analisar o caso o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra destacou que Elzyo era um dos principais organizadores dos eventos, assim como também era responsável pela corrupção de agentes públicos para obter as autorizações necessárias, isso porque era assessor parlamentar na Câmara. O magistrado pontuou que ficou comprovada a ligação de Elzyo com a facção.
“Depreende-se que os denunciados, além de realizarem transações bancárias com outros integrantes da Orcrim, realizavam saques e depósitos dos valores obtidos através dos shows realizados pela facção, utilizando diversas pessoas jurídicas e os integrantes do G12 [Eventos]”.
Quanto ao argumento de ausência de contemporaneidade, o magistrado pontuou que a natureza do crime de organização criminosa afasta esta hipótese, já que nestes casos ainda se considera risco à ordem pública. Com relação à extensão dos benefícios concedidos a Rodrigo, o juiz esclareceu que, com relação a Elzyo, ainda permanecem os fundamentos para a medida.
“Eventual soltura dos demais réus por outra instância, inclusive de investigados de outra fase da operação, como do investigado Paulo Henrique de Figueiredo, não serve de fundamento para revogação ou substituição da prisão preventiva por cautelares diversas”, pontuou.
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