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JÚRI POPULAR EM ANDAMENTO 07.08.2025 | 09h08

Testemunha é dispensada e defesa de assassino desiste de acompanhar julgamento

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Só Notícias / GD

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Atualizada às 12h20 - Após ouvir Regivaldo Batista Cardoso, Elinara Cleci, parente das vítimas, o delegado de Polícia Civil, Bruno França, os investigadores de Polícia Civil, Willian Krisman Silva Souza, Márcio Coutinho Scardua, o julgamento de Gilberto Rodrigues dos Anjos, acabou suspenso temporariamente e com previsão de retorno para esta tarde.

 

Antes do encerramento da primeira parte do julgamento, a defesa do assassino informou que optam por não permitir o depoimento do réu e que não querem acompanhar o restante do julgamento. Sem nenhuma justificativa, os advogados expressaram ao juiz o desejo e solicitaram a exclusão do mesmo, por meio da videoconferência.

 

Além da recusa da defesa, uma última testemunha prevista para ser ouvida foi dispensada. A sessão plenária então foi suspensa para almoço e retornará às 13h15, já na fase de debates.


Na parte da manhã, os depoimentos das testemunhas foi marcado por emoção ao relembrarem o triste 24 de novembro de 2023, data em que Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e as filhas: Miliane Calvi Cardoso, de 19, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de 10, foram assinadas por Gilberto Rodrigues dos Anjos, durante uma invasão dele na residência onde moravam.

 

Os corpos foram encontrados somente na manhã do dia 27 de novembro de 2023, com diversos ferimentos no corpo e sinais de violência sexual, com exceção da menor de 10 anos.


Na época dos fatos, o réu trabalhava e morava em uma obra ao lado da residência das vítimas. O esposo e pai das vítimas viajava a trabalho, naquela ocasião.

 

Gilberto Rodrigues dos Anjos foi preso pela Polícia Civil de Sorriso logo após os corpos terem sido descobertos, tendo confessado os crimes em depoimento.

 

O acompanha o julgamento

 

Os depoimentos: 

 

Regivaldo Batista Cardoso, viúvo de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e pai de Miliane Calvi Cardoso, de 19, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de 10, ambas assinadas por Gilberto Rodrigues dos Anjos, em novembro de 2023, foi o primeiro a prestar depoimento durante o julgamento do réu, nesta quinta-feira (07), no Fórum da comarca de Sorriso (420 km de Cuiabá).

 

Dando início as oitivas das testemunhas do caso, por volta das 9h, o juiz Rafael Panichella convocou o marido e pai das vítimas. Antes de se pronunciar, o promotor de justiça Luiz Fernando Rossi Pipino questiona como a notícia chegou à testemunha, que estava em viagem quando os crimes ocorreram.

 

Dentre os detalhes do relato, Reginaldo conta que após tentar contato por várias vezes com sua família, acionou a Polícia Militar, que foi até a casa. Os policiais relataram que por fora estava tudo normal, com os cachorros na casa, mas ninguém atendia o interfone. Regivaldo conta que diariamente as filhas mandavam mensagem dizendo que estavam indo para a escola. Ele chegou a telefonar na escola das filhas e foi informado da ausência das mesmas. Preocupado, ele telefonou para a sogra, afirmando que apenas não ligou antes, pois ela havia feito uma cirurgia.

 

O promotor pede que Regivaldo conte como era Miliane, a filha mais velha. O pai narra como eram as características de todas as vítimas. Ao contar sobre sua esposa, o caminhoneiro conta que a matriarca era amorosa, inteligente, que cuidava muito bem das filhas. Sobre as filhas, conta que eram carinhosas e estudiosas. Por fim, ele pede que o réu receba a maior condenação possível e pague por tudo o que fez.

 

Às 9h33, o júri dispensou o viúvo. Na sequência, entrou Elinara, irmã de Cleci e tia das vítimas.

 

Emocionada, a testemunha lembra que esteve na casa da família, na tentativa de preservar as vítimas dos curiosos que se aglomeravam em volta. Ela fala da sua incredulidade em relação a tudo o que viu e do sentimento que teve naquele momento, de que o autor dos crimes estaria ali por perto, naquele momento, o que de fato ocorreu, com a detenção de Gilberto na obra onde trabalhava, ao lado da casa das vítimas.

 

“As meninas nunca foram soltas em lugar nenhum, sempre foram protegidas. Sempre!”, relata. Ela conta ainda sobre a união que havia entre Cleci e sua família (mãe e irmãs). “Ela era perfeita para aquilo que ela se propunha a fazer, a vida inteira”, conta Elinara.

 

O Júri 

 

À imprensa, o juiz Rafael Deprá Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, explicou como se dará o julgamento. De acordo com o magistrado, dos 25 jurados selecionados entre cidadãos de diversos setores da sociedade, por meio de uma lista selecionada pelo Judiciário, apenas 7 serão escolhidos para formar o Conselho de Sentença. Os escolhidos e fazem um juramento de incomunicabilidade, ou seja, se comprometem a não conversar sobre o caso com ninguém.

 

Após isso, dará início ao julgamento apresentando as provas dos crimes, ouvindo testemunhas e por fim, interrogação do réu.

 

A acusação e a defesa apresentam seus argumentos. No caso mencionado, o Ministério Público tem 1h30, a Defesa mais 1h30, podendo haver réplica (mais 1h para a acusação) e tréplica (mais 1h para a defesa).

 

Leia também - 'Que fique trancado, sem ver a luz do dia', diz pai sobre júri de assassino

 

Depois dos debates, o plenário é esvaziado, e os jurados se reúnem em uma sala secreta para votar "sim" ou "não" para os "quesitos", que são as perguntas sobre o crime. Com os votos, o juiz profere a sentença final.


O interrogatório do réu se dará por videoconferência, direto da sala passiva da unidade prisional em que se encontra, a pedido da defesa. O juiz reforçou que o direito é assegurado no Código do Processo Penal por considerar que o interrogatório uma peça de defesa e que o réu pode se recusar a comparecer ao julgamento.

 

“O réu tem o direito ao silêncio, o direito de não participar, no caso, do fato. Então não se pode fazer a condução coercitiva do réu para o julgamento. A Defesa fez a petição para que ele participasse para o vídeo de conferência e como é um direito do réu, foi assistido a ele esse direito”, explicou.

 

Por se tratar de processo que tramita em segredo de justiça (por envolver vítimas menores de idade), o acesso ao plenário é restrito às pessoas que trabalham diretamente com o caso, testemunhas, familiares das vítimas (previamente cadastrados), autoridades e alguns representantes da imprensa, mas com restrições de gravação de áudio e vídeo.

 

O caso 

 

O crime aconteceu na madrugada de sexta (24) para sábado (25) de novembro de 2023, quando Gilberto Rodrigues dos Anjos, conforme já confessado, invadiu a casa das vítimas e cometeu os crimes. Os corpos foram encontrados somente na manhã do dia 27 de novembro de 2023, com diversos ferimentos no corpo e sinais de violência sexual, com exceção da menor de 10 anos.


Na época dos fatos, o réu trabalhava e morava em uma obra ao lado da residência das vítimas. O esposo e pai das vítimas viajava a trabalho, naquela ocasião.


Gilberto Rodrigues dos Anjos foi preso pela Polícia Civil de Sorriso logo após os corpos terem sido descobertos, tendo confessado os crimes em depoimento.

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