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Cuiabá, Quarta-feira 31/12/2025

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ESTUPROS E FEMINICÍDIOS 31.12.2025 | 10h29

Morte na UFMT trouxe à tona série de crimes sexuais e reviravolta na Justiça

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Vithória Sampaio

redacao@gazetadigital.com.br

Montagem GD

Montagem GD

A morte de Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, encontrada sem vida no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no dia 24 de julho, trouxe à tona uma série de crimes sexuais e contra a vida de mulheres cometidos pelo principal suspeito em vários pontos de Cuiabá. 

 

O criminoso é Reyvan da Silva Carvalho, que segue preso. Ele estuprou e matou Solange na antiga associação Master, próxima à avenida Arquimedes Pereira Lima, uma área aberta e conhecida pela circulação de usuários de drogas.

 

Ela vestia apenas um sutiã e apresentava marcas de esganadura no pescoço. Imagens de câmeras de segurança gravadas um dia antes do crime a mostraram circulando nas proximidades do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFMT. Por volta das 15h20, ela aparece usando camiseta vermelha, lenço na cabeça e carregando uma bolsa.

 

Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), levou à prisão de Reyvan da Silva Carvalho, em 29 de agosto de 2025, após laudos periciais apontarem que o DNA masculino encontrado no corpo de Solange e em uma bituca de cigarro localizada na cena do crime era dele.

 

A partir dessa descoberta, investigadores identificaram uma conexão direta entre o assassinato de Solange e outros crimes sexuais ocorridos em anos anteriores. O mesmo material genético coincidiu com vestígios encontrados no corpo de Marinalva Soares da Silva, assassinada em dezembro de 2020, além de casos de estupro registrados em 2021, no bairro Tijucal, e em 2022, no Jardim Leblon. A revelação provocou uma reviravolta judicial de grandes proporções.

 

Julho César Correa da Silva, conhecido como “Peba” ou “Boquinha”, que havia sido acusado pelo estupro e morte de Marinalva Soares da Silva, foi submetido a júri popular em 2025. Apesar de o Conselho de Sentença reconhecer a materialidade do crime, os jurados não reconheceram a autoria atribuída a ele. A decisão levou à absolvição do réu, com base no artigo 386, inciso IV, do Código de Processo Penal.

 

A absolvição ocorreu após a Politec confirmar que o DNA encontrado no corpo de Marinalva não pertencia ao suspeito preso inicialmente, mas sim a Reyvan da Silva Carvalho, o mesmo homem preso pelo assassinato de Solange.

 

Com isso, o caso de 2020 foi oficialmente redirecionado, encerrando anos de acusações e mudando o rumo do processo judicial. Reyvan negou os crimes em depoimento, alegando que a relação com Solange teria sido consensual. No entanto, segundo a Polícia Civil, seu interrogatório foi marcado por contradições e mentiras.

 

“Ele negou abuso e homicídio, mas mentiu em diversos momentos, inclusive sobre roupas, horários e circunstâncias”, afirmou o delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação.

 

Além dos feminicídios, Reyvan acumula histórico de crimes sexuais. Em 2022, foi preso após denúncia anônima de estupro no Jardim Leblon. Em 2021, estuprou uma mulher grávida de 6 meses no bairro Tijucal. Ainda naquele ano, foi investigado pela morte de Marinalva.

 

Em 2020, tentou estuprar uma mulher e a filha adolescente, sendo preso após as vítimas conseguirem fugir. O inquérito sobre o assassinato de Solange foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que deverá decidir sobre o oferecimento da denúncia à Justiça. Reyvan permanece preso preventivamente.

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