CRIMES NO PANTANAL 17.04.2024 | 07h00

redacao@gazetadigital.com.br
Luiz Leite
Investigado por desmate químico no Pantanal Mato-Grossense, em áreas que totalizam 81 mil hectares, o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes também teria causado o secamento de 120 metros de curso d’água e a poluição das águas do Corixo do Bugio, na região de Barão de Melgaço (113 km ao sul). Um laudo realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) identificou uso de 4 defensivos agrícolas classificados como perigosos ao meio ambiente, em propriedades do fazendeiro.
Consta em uma denúncia do Ministério Público de Mato Grosso contra Claudecy, que em uma fazenda dele em Barão de Melgaço houve a dragagem do Rio São Lourenço e a construção de dique/barramento no Corixo do Bugio, com a finalidade de alterar o curso natural do rio, sem a autorização do órgão ambiental competente.
Uma fiscalização foi realizada na propriedade rural e constatou que o barramento do rio causou a destruição de um hectare de vegetação nativa em área de preservação permanente (APP), além do secamento de 120 metros de curso d’água e a poluição das águas do Corixo do Bugio.
“Foi constatada também que o barramento do rio São Lourenço, causou a destruição de um hectare de vegetação nativa em área de preservação permanente – APP, secamento de 120 metros de curso d’água e a poluição das águas do Corixo do Bugio, mediante processo de eutrofização, com a alteração do Índice de Qualidade de Água - IOA em níveis tais que causaram danos à flora e mortandade de animais, tudo realizado sem qualquer autorização ou licença do órgão ambiental competente”, diz trecho da denúncia.
A alteração do fluxo natural da água afetou baías de alimentação hídrica, impactando na quantidade e qualidade da água e prejudicando a sobrevivência de espécies aquáticas e fauna silvestre local.
Perícia da Politec
No pedido de prisão feito contra Claudecy são citados outros crimes ambientais cometidos pelo pecuarista, principalmente o de desmate químico. Foram mapeados os imóveis rurais onde houve o dano ambiental com as ações de desmatamento, degradação ambiental e poluição por uso irregular de defensivos agrícolas.
Em março de 2023 foram encontrados e apreendidos defensivos agrícolas e embalagens vazias de produtos agrícolas, que foram objeto de perícia. Dos 277.324,7762 hectares de propriedade de Claudecy, houve despejo criminoso de agrotóxicos para desmatamento químico em 81.223,7532 hectares. A perícia verificou que 4 defensivos foram utilizados.
“Resultados constataram a presença de 04 compostos, todos classificados com potencial de periculosidade ambiental III – perigoso ao meio ambiente e, portanto, capazes de causar desmate químico. São eles: imazamox, picloram, 2,4 – D e fluroxipir”.
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Flávio Bezerra de Melo - 21/04/2024
PRENDE esse cara
FLÁVIO BEZERRA DE MELO - 21/04/2024
PRENDE LOGO ESSE CARA!!!!
DANIELA WINTER CURY - 19/04/2024
É triste ver a degradação ambiental e muitas vezes com o aval dos orgaos fiscalizadores. As pessoas nao se dao conta de que se estragar, destruir, elas mesmas serao prejudicadas, entao porque nao andar de maos dadas com a natureza? Se cometeu erro tem que investigar e punir, se nao que credibilidade tera a justiça ou os orgaos que deveriam fiscalizar? Sei que é tudo uma utopia isso que aqui escrevo, é mais um desabafo mesmo.
Thiago Pereira - 17/04/2024
Não conheço 1 sequer que tenha pago esta multa! Confisca as propriedades! Faz leilão delas, e quem comprar; com a obrigação de reparar a área degrada, e é claro que com um valor mais baixo. O valor do bem leiloado, aplica em fiscalização! Quero ver se não acaba com esses gananciosos desenfreiados!
André - 17/04/2024
Cadeia nesse cara!
5 comentários