AGREDIU COM BARRA DE FERRO 20.08.2024 | 18h21

redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução / Chico Ferreira
Juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, prorrogou por mais 90 dias a obrigação do advogado Nauder Junior Alves Andrade utilizar tornozeleira eletrônica. Nauder é acusado de tentar matar a ex-namorada com uma barra de ferro, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. A magistrada considerou os relatos da vítima, que disse que não se sente segura.
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A juíza relatou que Nauder foi posto em liberdade no último dia 15 de maior, ocasião em que foi imposta a medida cautelar de uso de tornozeleira eletrônica. O prazo estipulado para cumprimento da medida foi 90 dias.
Além disso ele também foi obrigado a comparecer a cada dois meses em juízo para informar e justificar suas atividades. A magistrada também lembrou que no último dia 16 de julho ele obteve a autorização para ir a Chapada dos Guimarães durante os finais de semana.
Contudo, como o prazo de utilização da tornozeleira se encerraria neste mês, a defesa da vítima se manifestou nos autos pedindo a prorrogação do monitoramento, “uma vez que a vítima não se sente segura em permanecer sem o equipamento”.
Ao analisar o pedido a juíza considerou que a aplicação da tornozeleira se deu por causa da necessidade de resguardar a integridade da vítima, não só física, mas também psicológica. Com isso ela deferiu a prorrogaçãoda monitoração eletrônica.
“Pelo que se vê, a vítima continua em extrema situação de vulnerabilidade, ao ponto de viver ocultada e presa em seus próprios medos, justamente por temer que sua vida seja ceifada pelo autuado. Logo, ao ponderar a gravidade dos fatos (tentativa de feminicídio), aliado ao temor imprimido na vítima e suas consequências e, ainda, o tempo de monitoração remota (...), constato que não há desproporção nem inadequação na imposição e na prorrogação do uso de tornozeleira eletrônica”, disse a magistrada.
O caso
Consta nos autos que a vítima relatou à polícia que o relacionamento entre ela e Nauder era conturbado. Ela contou que na madrugada do dia 18 de agosto de 2023, após ter feito uso de cocaína, Nauder tentou manter relações sexuais com ela, mas diante da recusa, iniciou a discussão e depois agressões físicas.
Suspeito teria, inclusive, usado uma barra de ferro. A mulher chegou a ficar desacordada em alguns momentos, após ser brutalmente agredida pelo advogado. Ela conseguiu sair da casa, no Bairro Morada do Ouro, e conseguiu pedir ajuda na portaria de um condomínio.
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