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na China 30.09.2025 | 15h50

Como era o esquema que levou 11 pessoas de uma mesma família à pena de morte

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Divulgação/Agência de Notícias e Comunicação dos T

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Um tribunal da China condenou 11 pessoas de uma mesma família à morte por participação em um esquema criminoso bilionário no norte do país vizinho Mianmar. As informações foram divulgadas pelo jornal estatal chinês China Daily.

 

Os réus integravam a chamada família Ming, apontada como responsável por golpes digitais, exploração de cassinos, tráfico de drogas, prostituição organizada e pela morte de cidadãos chineses.

 

De acordo com o Tribunal Popular Intermediário de Wenzhou, na província chinesa de Zhejiang, o grupo usava trabalhadores traficados para aplicar fraudes virtuais em estrangeiros a partir de complexos na região de Kokang, na fronteira de Mianmar com a China.

 

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A emissora estatal chinesa CCTV disse que, no auge das atividades, a família chegou a reunir 10 mil pessoas em operações ilegais, que movimentaram bilhões de dólares. O dinheiro ilícito transformou Laukkaing, capital de Kokang, em um polo de cassinos e fraudes cibernéticas.

 

A Justiça chinesa considerou o grupo culpado de 14 crimes, incluindo homicídio doloso, fraude e lesão corporal intencional. As atividades, estruturadas desde 2015, resultaram na morte de 14 cidadãos chineses e deixaram outros seis feridos, segundo o China Daily.

 

Os membros do grupo chegaram a ordenar assassinatos para impedir fugas de trabalhadores, segundo o tribunal. Em outubro de 2023, por exemplo, quatro pessoas morreram em um tiroteio em um dos complexos de fraude cibernética.

 

Além das 11 condenações à morte, cinco pessoas receberam penas de morte suspensas por dois anos – modalidade que pode ser convertida em prisão perpétua em caso de bom comportamento.

 

Outros 12 membros foram condenados a penas que variam entre cinco e 24 anos de prisão. Parte dos réus também foi multada ou teve bens confiscados.

 

O chefe do grupo, Ming Xuechang, que chegou a ocupar cargo no parlamento estadual de Mianmar, tirou a própria vida enquanto estava sob custódia, segundo a mídia estatal chinesa. O filho dele, Ming Guoping, líder da Força de Guarda de Fronteira de Kokang, além da filha e neta, também foram presos.

 

Investigações
As investigações do caso começaram a ganhar destaque em 2023, quando autoridades chinesas emitiram mandados de prisão contra integrantes da família e ofereceram recompensas pela captura.

 

Desde então, operações conjuntas entre China e Mianmar levaram à prisão de dezenas de suspeitos e à devolução de mais de 53 mil pessoas para território chinês, entre vítimas de tráfico e envolvidos em golpes.

 

Segundo o Instituto dos Estados Unidos para a Paz, fundado pelo Congresso norte-americano, golpes aplicados por sindicatos criminosos do Sudeste Asiático causam perdas superiores a US$ 43 bilhões (cerca de R$ 227 bilhões) por ano.

 

A Justiça chinesa afirma que só o grupo da família Ming, apontada como uma das quatro grandes organizações criminosas de Kokang, obteve lucros acima de 10 bilhões de yuans (cerca de US$ 7,4 bilhão).

 

Nos últimos anos, a China ampliou a repressão a fraudes em telecomunicações. De acordo com o Ministério da Segurança Pública, operações conjuntas já desmantelaram mais de 2.000 centros fraudulentos no exterior, resultando na prisão de 80 mil suspeitos.

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