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invadiram espaço aéreo 10.09.2025 | 14h48

Drones russos na Polônia; entenda o que é o Artigo 4 da Otan acionado nesta quarta

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Divulgação/Ministério da Defesa da Holanda

Divulgação/Ministério da Defesa da Holanda

A Polônia acionou nesta quarta-feira (10) o Artigo 4 da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) após abater drones russos que invadiram o espaço aéreo polonês durante um grande ataque noturno da Rússia contra a Ucrânia.

 

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, classificou o incidente como uma “provocação em larga escala” da Rússia. Esta é a primeira vez que um país membro da Otan dispara contra ativos militares russos desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

 

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Tusk disse que 19 objetos identificados como drones foram detectados no espaço aéreo polonês. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que cerca de 24 drones russos podem ter entrado no espaço aéreo da Polônia durante a noite.

 

Segundo fontes citadas pela agência de notícias Reuters, os drones que representavam ameaça foram abatidos por caças F-16 poloneses, F-35 holandeses, aviões de vigilância AWACS italianos e aeronaves de reabastecimento da Otan.

 

O que é o Artigo 4 da Otan
O Artigo 4 do tratado da Otan prevê que os países membros – atualmente 32 – devem se consultar sempre que a segurança, o território ou a independência política de um deles estiver ameaçada. Essas discussões, realizadas no Conselho do Atlântico Norte, podem levar a decisões ou ações conjuntas.

 

Desde a criação da Otan, em 1949, o Artigo 4 foi acionado sete vezes, a mais recente em fevereiro de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, quando oito países do leste europeu pediram consultas.

 

E o Artigo 5?
Diferentemente do Artigo 4, o Artigo 5 considera um ataque armado contra um membro da Otan como um ataque contra todos, podendo levar ao uso de força armada para restaurar a segurança.

 

Ele foi invocado apenas uma vez, em 2001, após os ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, que deixaram 2.977 mortos apenas no dia do atentado – outras 3.767 pessoas morreram de câncer relacionado à tragédia nos anos seguintes.

 

Como a Ucrânia não é membro da Otan, a invasão russa de 2022 não acionou o Artigo 5, mas especialistas alertam que incidentes como o desta quarta-feira aumentam o risco de escalada, especialmente no flanco leste da aliança.

 

Ataque noturno
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que os drones utilizados no ataque à Ucrânia, com alcance máximo de 700 km, não tinham alvos na Polônia. Autoridades europeias, no entanto, classificaram a incursão como intencional.

 

Tusk declarou ao parlamento que o incidente colocou a Europa “tão perto de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial”, mas ponderou que não há motivos para acreditar que a guerra está iminente.

 

Durante a operação, o Comando Operacional das Forças Armadas Polonesas orientou moradores de três regiões orientais – próximas da fronteira com a Ucrânia – a permanecerem em casa devido ao risco.

 

Aeroportos poloneses, um deles utilizado pelas forças armadas para transportar suprimentos à Ucrânia, foram temporariamente fechados, segundo a Reuters.

 

Zelensky disse que a Rússia utilizou 415 drones e 40 mísseis durante o ataque. Mais de 380 deles foram abatidos. O presidente ucraniano também afirmou que 250 das aeronaves eram do tipo Shahed, conhecidos como “kamikazes”. Ao menos uma pessoa morreu.

 

Reações internacionais
Líderes europeus condenaram a violação do espaço aéreo polonês. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chamou o incidente de “sem precedentes” e afirmou que a UE defenderá “cada centímetro quadrado” de seu território.

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, classificou o episódio como “inaceitável”, enquanto o premiê do Reino Unido, Keir Starmer, o descreveu como “extremamente inconsequente”.

 

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, considerou o incidente “absolutamente irresponsável e perigoso” e fez um apelo direto ao presidente russo: “Putin, pare de violar o espaço aéreo dos aliados”.

 

A Rússia, por sua vez, negou responsabilidade. Andrey Ordash, encarregado de negócios russo na Polônia, disse à agência estatal RIA Novosti que as acusações são “infundadas” e que a Polônia não apresentou provas de que os drones eram russos.

 

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a UE e a Otan acusam a Rússia de provocações “diariamente, sem argumentos”.

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