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resistência em mariupol 11.05.2022 | 15h35

'Não quero ser a viúva de um herói póstumo', diz esposa de combatente que permanece em Azovstal

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Governo da Ucrânia

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Mais de mil militares ucranianos permanecem na siderúrgica de Azovstal, último reduto da resistência na cidade de Mariupol, região estratégica do sul do país que enfrenta bombardeios desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

 

O complexo subterrâneo das siderúrgicas de Azovstal e Zaporizhstal foi construído no período pós Primeira Guerra Mundial, na década de 1930, em que a então União Soviética se preparava para proteger militares em caso de um novo conflito.

 

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Em um desses abrigos subterrâneos está Pasha, ex-militar e marido de Tamara, que pediu para não ter o sobrenome revelado pela reportagem. O ucraniano decidiu permanecer em Mariupol e voltar ao serviço para proteger o território ucraniano quando a guerra começou.

 

“Meu marido está em Azovstal desde meados de março. A última vez que consegui falar com ele foi em 6 de março. Às vezes ele consegue falar comigo através de seus companheiros, ele escreve uma carta e depois me mandam uma foto. Geralmente ele diz que está tudo bem e que está aguentando firme”, diz Tamara em entrevista exclusiva ao R7.

 

'Temos uma filha de 7 anos e eu morei com ela por mais de um mês em um porão até conseguirmos sair de Mariupol. Ela sofre muito quando vê outras crianças brincando com os pais. Meu marido me pede para comprar presentes para ela e dizer que ‘foi o papai que mandou', completou.

 

Tamara explicou que Pasha treinava cachorros quando estava no exército, mas logo depois começou a estudar medicina, experiência que o tornou capaz de ajudar os feridos em Azovstal. Os combatentes que estão presos na siderúrgica tentam sobreviver apesar da falta de medicamentos e com o racionamento de água e comida.

 

De acordo com a ucraniana, não é possível enviar itens de necessidades básicas para Azovstal devido aos constantes bombardeios que ocorrem diariamente, enquanto as tropas inimigas tentam conquistar o local.

 

Após a invasão da Rússia, os sonhos da ucraniana foram destruídos. “Eu e meu marido estamos casados há dez anos e eu esperava poder comemorar essa data antes da guerra começar. Depois de todo esse tempo conseguimos comprar o nosso apartamento, mas uma bomba atingiu nosso condomínio e agora só restam destroços.”

 

Entre os bombardeios, as autoridades ucranianas tentam retirar os feridos de Azovstal e os corpos de quem morreu durante a resistência. Segundo o presidente Volodmir Zelenski, o resgate precisará ser feito à mão, já que equipamentos pesados não podem ser usados.

 

Durante a demora para que os combatentes sejam retirados da siderúrgica, existe o desespero das famílias que temem o luto. “Não quero ser a viúva de um herói póstumo. Eu quero que meu marido possa continuar brincando com a nossa filha e que o mundo faça esse genocídio parar.”

 

 

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