lei 'rico' 27.08.2025 | 17h26
Michael Wuertenberg/Flickr
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (27) que o investidor George Soros e seu filho, Alex Soros, deveriam ser acusados pela Lei de Organizações Corruptas Influenciadas por Extorsão (Rico, na sigla em inglês), embora não tenha apresentado provas que sustentem a acusação.
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Soros, de 95 anos, é um dos maiores filantropos do mundo e fundador da Open Society Foundations, organização que financia iniciativas ligadas a direitos humanos, saúde, educação e transparência governamental.
“George Soros e seu maravilhoso filho da esquerda radical deveriam ser acusados pela Rico por causa de seu apoio a protestos violentos, e muito mais, em todos os Estados Unidos da América”, escreveu Trump no Truth Social.
“Isso inclui seus amigos malucos da Costa Oeste. Tomem cuidado, estamos de olho em vocês”, concluiu Trump.
Um porta-voz da fundação rebateu as alegações de Trump: “Essas acusações são ultrajantes e falsas. A Open Society Foundations não apoia nem financia protestos violentos. Nossa missão é promover os direitos humanos, a justiça e os princípios democráticos em casa e em todo o mundo.”
Sobrevivente do Holocausto
George Soros nasceu em 1930, em Budapeste, na Hungria. Filho de um advogado, sobreviveu à ocupação nazista comprando documentos falsos e vivendo escondido. Aos 17 anos, mudou-se para a Inglaterra, onde estudou na London School of Economics, período em que foi aluno do filósofo Karl Popper, cuja teoria da “sociedade aberta” se tornou central na trajetória do investidor.
Nos anos 1950, Soros emigrou para os Estados Unidos e, em 1970, fundou o Soros Management, mais tarde renomeado Fundo Quantum.
A empresa ganhou fama internacional por suas operações financeiras de alto risco e forte retorno. Em 1992, ele entrou para a história como “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra”, após lucrar cerca de 1 bilhão de libras ao apostar contra a libra esterlina.
Esse tipo de investimento também trouxe controvérsias. Líderes internacionais chegaram a acusá-lo de ter papel em crises financeiras, como a da Ásia em 1997, embora outros investidores tenham feito operações ainda mais agressivas.
Filantropia e ativismo político
A partir da década de 1990, Soros passou a dedicar grande parte de sua fortuna à filantropia. Financiou bolsas de estudo na África do Sul durante o apartheid e promoveu projetos de livre mercado após o colapso do comunismo no Leste Europeu. Sua fundação, a Open Society, hoje atua em mais de 100 países.
Em 2017, Soros transferiu US$ 18 bilhões, equivalente a 80% de sua fortuna pessoal, para a fundação. O objetivo, segundo a organização, é apoiar “democracias vibrantes e tolerantes cujos governos são responsáveis e abertos à participação de todas as pessoas”.
Nos últimos anos, a fundação financiou projetos voltados a movimentos de direitos humanos, igualdade racial, defesa de grupos LGBT e apoio a imigrantes. Essas ações, no entanto, o colocaram em rota de colisão com governos de perfil nacionalista, como o do húngaro Viktor Orbán e o da Rússia, que baniu a organização em 2015, classificando-a como “indesejável”.
Na Europa, Soros também se destacou por apoiar iniciativas contrárias ao Brexit. Sua fundação doou centenas de milhares de libras ao grupo Best for Britain, que defendia a permanência do Reino Unido na União Europeia.
Nos Estados Unidos, Soros é um dos principais doadores do Partido Democrata, tendo apoiado as campanhas de Barack Obama e Hillary Clinton. Ele já classificou Donald Trump como um “impostor”. Essa posição política fez dele alvo frequente de teorias da conspiração e ataques da direita.
Vida pessoal
Soros se casou três vezes. Teve três filhos com a primeira esposa, Annaliese Witschak, e dois filhos no segundo casamento, com Susan Weber. Em 2013, casou-se com Tamiko Bolton, 42 anos mais jovem. Além dos negócios e da filantropia, chegou a investir no esporte, adquirindo uma pequena participação no Manchester United em 2012.
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