respeito às prerrogativas 16.12.2025 | 12h10

redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, afirmou que irá acionar a corregedoria do Tribunal de Justiça Militar (TJM) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a juíza Mônica Perri.
A medida foi anunciada em protesto feito pela ordem, no Fórum de Cuiabá, após confusão durante Júri Popular presidido pela magistrada, no qual ela teria proferido a frase: “OAB que se dane”.
A sessão julgava o investigador Mário Wilson Vieira da Silva pela morte do policial Militar Thiago Ruiz, assassinado a tiros em uma conveniência da Capital, em abril de 2023.
Diante do desrespeito apontado pelos advogados, o Conselho de Sentença foi dissolvido e novos jurados selecionados.
À imprensa, a presidente da OAB disse que o episódio registrado foi “lamentável” e o protesto mostra a união da categoria.
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“OAB Mato Grosso vai buscar todas as medidas necessárias para que se restabeleça, principalmente o respeito às prerrogativas à nossa instituição. Que, acima de tudo, é uma das instituições mais importantes do nosso país. Uma instituição que traz, não apenas a garantia de prerrogativas, mas traz como voz na sociedade civil organizada e merece ser respeitada e isso nós exigiremos”, declarou a advogada.
A presidente ainda justifica a necessidade de se mudar o júri. Para ela, esta é uma medida necessária para evitar influência na sentença aplicada ao réu.
“Ela afasta eventual contaminação dos atos que foram praticados, em relação ao conselho que estava constituído. Então, há aqueles jurados que estavam constituídos, que presenciaram este momento em que houve, conforme alegado, violação de prerrogativas. Esse jurado não fará mais parte do conselho de sentença”, alegou.
O júri será retomado na quarta-feira (17), às 8 horas.
Tumulto em sessão
Conforme divulgado, o advogado Claudio Dalledone contou que, em um dos conflitos, a magistrada teria dito "que se dane a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)". A ação foi filmada.
Porém, uma fonte ouvida pela reportagem alertou que, durante a sessão do julgamento, os advogados do réu se comportavam de forma agressiva, gritavam, foram "absurdamente grosseiros" e até misóginos.
“Ela determinou que a comissão de prerrogativas, a instituição da OAB fosse retirada pela polícia do plenário, o advogado tem um conjunto de direitos que se chama prerrogativas, elas devem ser respeitadas e elas estavam sendo violadas, tudo isso pelo uso de autoridade da magistrada, acompanhada pelos dois promotores", disse Dalledone.
Crime
O policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Junior e seu amigo, o policial militar Thiago Ruiz, chegaram juntos à conveniência de um posto de combustíveis de Cuiabá durante a madrugada. Mário chegou depois e foi apresentado a Thiago. Pelas câmeras de segurança, foi possível ver suspeito e vítima conversando até que o PM mostra sua arma na cintura, e, neste momento, o policial civil toma o revólver.
Eles começam a discutir até que partem para a agressão. Em determinado momento, eles caem ao chão, e Mário então atira em Thiago. Ele teria desconfiado que Thiago não era PM e, por isso, decidiu tomar a arma.
Mário se apresentou à polícia menos de 24 horas após ter cometido o crime. Em seu depoimento, não soube explicar por que tomou a arma do PM, contudo, justificou que atirou por temer que a vítima o matasse durante o desentendimento.
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