evento na ONU 24.09.2025 | 15h19
Ricardo Stuckert / PR - 23.09.2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (24) que “somente a democracia será capaz de reconstruir o multilateralismo”. A declaração foi dada ao lado do presidente do Chile, Gabriel Boric, e do presidente da Espanha, Pedro Sánchez, na segunda edição do evento “Em Defesa da Democracia”, realizado na ONU, em Nova York, Estados Unidos.
“É a democracia que está em jogo para o futuro da humanidade. Somente a democracia será capaz de reconstruir o multilateralismo e reconstruir a harmonia entre os seres humanos e a civilidade entre a relação dos estados”, assegurou.
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Em seu discurso, Lula também defendeu, ao relembrar a própria trajetória, a importância do protagonismo dos trabalhadores na política.
“Comecei a fazer política sem ser político. Eu não gostava de política e não gostava de quem gostava de política. Achava que isso era o máximo. Não sabia que era pura ignorância minha. Porque a desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta, e se quem gosta pensa diferente da gente, a gente nunca vai ter o governo que sonhamos ter”, afirmou.
Ao lado dos líderes internacionais, Lula afirmou que é preciso “acordar todos os dias e perguntar o que a gente vai fazer pela democracia”. “Quando for dormir a noite, perguntar o que você fez durante o dia para fortalecer a democracia. Com quantas pessoas falou de democracia”, observou.
Autocrítica
Lula também fez uma crítica a esquerda internacional e questionou onde os movimentos erraram para permitir a ascensão da “extrema-direita” no mundo.
“O que me importa hoje é responder aonde é que os democratas erraram? Em que momento que a esquerda errou? Por que permitimos que a extrema direita crescesse com a força que está crescendo? É virtude deles ou é incompetência nossa?”, indagou.
Para o petista, é necessário responder o que deixou de ser feito para “fortalecer a democracia”. “Muitas vezes a gente ganha as eleições com o discurso de esquerda e quando começa a governar a gente atende muito mais os interesses dos nossos inimigos do que dos nossos amigos. Muitas vezes a gente governa dando resposta para à imprensa sobre nós e a cobrança de mercado”, observou.
Lula classificou: “esse é o fracasso da democracia: o que deixamos de fazer”.
“Antes de procurar a virtude do extremismo de direita, precisamos procurar os erros que a democracia cometeu na relação com a sociedade. Como estamos exercendo a democracia nos nossos países? Se a gente encontrar essa resposta, a gente volta a vencer a direita. Se a gente não encontrar a resposta, a gente vai continuar sendo sufocado pelo negacionismo, pelo extremismo e pelo discurso fascista que estamos vendo agora”, finalizou.
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